Polícia
Publicado em 24/06/2025, às 14h58 Bnews Natal
A Polícia Civil de São Paulo citou em seu relatório sobre desvios em contratos no Corinthians uma empresa que recebeu valores de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. Também consta no documento referência à firma investigada “por lavagem do Primeiro Comando da Capital (PCC)”.
O Careca do INSS é apontado como um dos principais operadores do esquema de descontos irregulares de aposentados, revelado depois reportagem investigativa do portal Metrópoles e que desencadeou todo o escândalo dos desvios e fraudes bilionárias nos benefícios dos segurados.
A empresa Arpar, por sua vez, aparece no relatório final da investigação da Polícia Civil sobre o contrato do Corinthians com a Vai de Bet, em transações apontadas como suspeitas com a empresa Wave Intermediações, também investigada tanto por sua relação com o PCC como por desvios no contrato do Corinthians.
Após citar as transações com a Wave, a Polícia Civil ainda aponta para a relação da Arpar com empresas do Careca do INSS, entre elas a Acca Consultoria. Na operação Sem Desconto, que apura os desvios de aposentados, empresas do Careca do INSS aparecem repassando R$ 49 milhões para a Arpar Administração, Participação e Empreendimento.
“Inequivocamente, estamos diante de um arquitetado concerto delitivo, onde o dinheiro deixou variados rastros e, por conta disso, as pessoas envolvidas acabaram, em dado momento, se entrecruzando e, consequentemente, figurando de alguma maneira nesta grande teia criminosa.” Explica o relatório da Polícia Civil.
“Em outras palavras, a ARPAR parece operar recursos de distintas fontes ilícitas (assim como a (WAVE e a VICTORY), para em ato contínuo, transferi-los a outras contas de passagem ou, quiçá, aos destinatários finais”, diz a Polícia.
Dinheiro rastreado
A Wave apareceu na investigação sobre os desvios no contrato da Vai de Bet com o Corinthians após a Polícia Civil mapear os valores do clube que foram parar em suas contas.
“É extremamente questionável a presença da WAVE nessas operações financeiras relatadas, principalmente pelo fato de que, como apontado anteriormente, tudo indica que ela ocupa posição central na lavagem de dinheiro do crime organizado”, diz a Civil.
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