Polícia
A Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes a concursos públicos, incluindo o Concurso Público Nacional Unificado de 2024 e certames de diversas instituições. Até o momento, duas pessoas foram presas e investigações apontam que ao menos 16 indivíduos participaram de fraudes em concursos realizados no ano passado.
Os acusados são investigados por práticas ilícitas como uso de ponto eletrônico e falsificação de documentos, além de acesso antecipado às provas. A operação resultou em 12 mandados de busca e apreensão, bem como medidas cautelares, incluindo o afastamento de cargos públicos e sequestro de bens.
A PF, em colaboração com o Ministério da Gestão e Inovação, está intensificando a fiscalização para garantir a integridade dos processos seletivos. A próxima edição do Concurso Público Nacional Unificado está agendada para o dia 5 de outubro, e as autoridades estão atentas aos desdobramentos da operação.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (2) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a concursos públicos.
De acordo com a PF, as investigações apontaram fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) de 2024 — o chamado Enem dos Concursos — e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
As decisões judiciais estão sendo cumpridas em cidades de três estados: Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Até o momento, duas pessoas foram presas preventivamente. O terceiro mandado de prisão ainda está sendo cumprido. De acordo com apurações da Tv Globo, ao menos 16 pessoas comprovadamente fraudaram certames realizados no ano passado.
Os presos são acusados de condutas ilícitas, como uso de ponto eletrônico durante a realização da prova e falsificação de documentos para que outras pessoas fizessem o concurso no lugar dos candidatos. Também há denúncias de acesso antecipado às provas.
As forças de segurança também cumpriram 12 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares contra os investigados. Entre elas, o afastamento de cargos públicos e sequestro de bens.
📌 Após as investigações, os acusados foram excluídos de processos seletivos e, no caso de servidores nomeados, foram afastados de cargos públicos já ocupados.
Eles também poderão responder pelos crimes de fraude em concurso público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público.
Em nota, a PF informou que, "em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério da Gestão e Inovação, vem ampliando mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade nos processos seletivos realizados em todo o país".
O Ministério da Gestão também se emitiu seu posicionamento sobre o caso. Veja a nota na íntegra:
"Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informa que tem apoiado, desde o início, as investigações da Polícia Federal sobre fraudes em concursos públicos, entre elas, uma fraude pontual durante a aplicação da prova da primeira edição o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
O MGI vem acompanhando os desdobramentos da operação da PF no dia de hoje e, em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal e demais forças de segurança, ampliou os mecanismos de fiscalização para garantir maior segurança, transparência e integridade na prova do CPNU 2, cuja realização está confirmada para esse domingo, 5 de outubro".
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