Polícia
A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, após audiência de custódia realizada neste sábado (16). O casal foi detido preventivamente na sexta-feira (15) em uma casa na Grande São Paulo. Eles são investigados por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos para as redes sociais.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) ainda não informou para qual presídio os dois serão levados na capital paulista antes de serem transferidos para a Paraíba. O caso, investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), ganhou notoriedade após denúncias do youtuber Felca sobre a "adultização" de crianças e adolescentes.
Segundo o delegado Fernando David de Melo Gonçalves, responsável pelo caso no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a prisão foi mantida porque o casal "estava em rota de fuga do Brasil", o que poderia comprometer as investigações.
“A informação que tínhamos é que eles estavam em rota de fuga do Brasil. Não sabemos quais são os países que iriam, mas pode ser [que fugisse] por Foz do Iguaçu ou pelo Sul do país mesmo”, disse Melo Gonçalves.
A investigação revelou que o casal estava em Foz do Iguaçu, cidade do Paraná que faz fronteira com o Paraguai e a Argentina. O delegado confirmou que eles possuíam apenas RGs, documento suficiente para a entrada em países do Mercosul, o que reforça a suspeita de que planejavam uma fuga do Brasil.
Durante a operação, as autoridades apreenderam oito celulares no total — quatro com Hytalo Santos e quatro com Israel Nata Vicente — além de uma Land Rover com placas da Paraíba.
“O carro é da Paraíba, eles vieram dirigindo e chegaram ontem [quinta] em Carapicuíba.”
A distância entre a residência do influenciador em Bayeux e o local da prisão em Carapicuíba é de mais de 2,8 mil quilômetros. A longa viagem, que dura cerca de 40 horas, evidencia a tentativa de se afastar do local da investigação.
No imóvel, a polícia encontrou outras oito pessoas. Elas não tinham pendências judiciais e foram liberadas.
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