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Publicado em 01/07/2025, às 10h56 Dani Oliveira
A Mercedes-AMG confirmou mudanças drásticas na linha de motores. A marca reconheceu que o 2.0 turbo híbrido não conquistou seu público fiel.
Essa revelação partiu de um alto executivo ouvido pela Autocar. Ele admitiu sob anonimato que o M139l, mesmo sendo avançado, não conseguiu encantar os compradores tradicionais da AMG.
Com isso, a fabricante alemã decidiu acelerar o desenvolvimento de novos motores V8. A marca também vai revisitar o seis-em-linha.
A montadora lançará versões híbridas leves ou plug-in. Essas versões atenderão às exigências de emissões.
Estratégia renovada e lições do passado
Apesar de toda a inovação, a Mercedes-AMG percebeu, ainda em 2024, que o motor de quatro cilindros não gerou empolgação entre seus fãs.
O M139l equipava modelos como o C63, GLC63, SL43 e GT43. A resposta do mercado não correspondeu às expectativas.
De acordo com o executivo, a marca subestimou a força do apego emocional ao V8. Isso influenciou diretamente as vendas.
Para piorar, o custo de reconfiguração do motor para atender aos padrões Euro 7 tornou-se proibitivo.
A partir de 2026, as autoridades exigirão esses padrões.
Assim, a decisão de eliminar gradualmente o motor foi tomada. A medida visa manter a sustentabilidade financeira e o DNA esportivo da AMG.
Rumores sobre substituições e aposentadorias
Fontes da própria Mercedes indicaram que o futuro do C63 permanece incerto. Até o primeiro semestre de 2025 não há confirmação de uma versão V8.
Rumores apontam que o modelo, junto com o C43, pode ser aposentado antes do previsto. No lugar, poderá surgir o C53.
Esse modelo usará o propulsor M256M, um seis-em-linha híbrido leve de 3.0 litros. É o mesmo motor usado em modelos como E53 e CLE53.
O CEO da Mercedes Austrália, Jaime Cohen, e o CEO global da AMG, Michael Schiebe, chegaram a defender a estratégia anterior.
Eles admitiram que a comunicação sobre o sistema híbrido poderia ter sido melhor. A explicação falhou com clientes fiéis.
Perspectivas futuras e compromisso com os fãs
A nova fase da AMG, portanto, sinaliza um retorno às origens, mas sem ignorar as crescentes demandas ambientais que exigem mudanças rápidas.
Os blocos maiores voltarão com tecnologias híbridas, além disso, isso garante que o desempenho e a eficiência sigam equilibrados em qualquer situação de uso.
Enquanto isso, futuros V8 e seis-em-linha híbridos respeitarão os limites de emissões europeus, já que ficarão mais rigorosos a partir de 2026.
Por isso, a transição mostra que a Mercedes-AMG está ouvindo os consumidores, pois quer ajustar a rota para manter sua base fiel.
A Autocar afirma que a montadora aposta em motores mais potentes, assim, quer reconquistar puristas que migraram para concorrentes como o BMW M3.
Esse rival oferece seis cilindros e câmbio manual por valores mais competitivos, portanto, isso pressiona a Mercedes-AMG a reagir em breve.
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