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Publicado em 11/06/2025, às 12h40 Redação
Dois produtores de soja, um no Rio Grande do Sul e outro em Mato Grosso do Sul, conseguiram ampliar significativamente seus ganhos financeiros graças à adoção de uma ferramenta digital de monitoramento agrícola. A tecnologia, desenvolvida pela agtech SIMA, foi usada ao longo das duas últimas safras e resultou em receitas adicionais de R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, respectivamente — tudo sem ampliação de área plantada ou elevação significativa dos custos.
O salto nos resultados se deve à utilização da plataforma SIMA (Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola), que transforma o celular do produtor em uma ferramenta de gestão agronômica. Com ela, é possível registrar ocorrências no campo, acessar mapas históricos, receber alertas e tomar decisões baseadas em dados concretos.
“O uso contínuo do aplicativo aumentou a eficiência no manejo. Os produtores passaram a tomar decisões mais rápidas e assertivas”, afirma Felipe de Carvalho, coordenador da SIMA no Brasil.
Na fazenda do Rio Grande do Sul, com 2.000 hectares cultivados, a produtividade passou de 67,8 para 75,4 sacas por hectare entre as safras 2023/24 e 2024/25, um crescimento de 11,21%. O ganho total foi de 15.200 sacas a mais, o que, com o preço médio da saca em junho de 2025 (R$ 133,98), representa um incremento superior a R$ 2 milhões em receita.
Já o produtor sul-mato-grossense, com uma área de 3.400 hectares, viu a produtividade subir de 77,8 para 84,4 sacas por hectare no mesmo intervalo — um aumento de 8,49%. A produção extra de 22.480 sacas garantiu um retorno financeiro adicional superior a R$ 3 milhões.
Para Carvalho, além da digitalização de informações, um dos diferenciais da SIMA é permitir o monitoramento detalhado por talhão. Isso facilita ajustes pontuais no manejo ao longo da safra, otimizando o uso de defensivos e fertilizantes. “Organizar os dados dessa forma torna as decisões mais precisas e gera economia de insumos”, diz.
A ferramenta também apoia a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas), antecipando o controle de ameaças com base em índices de dano identificados em pontos georreferenciados.
Entre as funcionalidades destacadas da SIMA estão o funcionamento offline — essencial em regiões com baixa conectividade —, os mapas NDVI, que analisam a saúde das plantas por imagem, e o SIMA Bio, que calcula a pegada de carbono e colabora na certificação de práticas sustentáveis. “Com foco em praticidade, conectividade e sustentabilidade, nos posicionamos como aliados estratégicos para quem busca mais controle e inteligência no campo”, conclui o coordenador.
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