Negócios
A indústria potiguar registrou em julho de 2025 o pior resultado entre os 18 locais pesquisados pelo IBGE.
A produção caiu 19,1% em relação ao mesmo mês de 2024, puxando também o desempenho acumulado do ano para baixo: entre janeiro e julho, a retração foi de 18,5%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses o recuo chegou a 14,7%.
Petróleo e gás lideram as perdas
O tombo foi impulsionado principalmente pelo setor de petróleo e gás, que responde por mais de 40% do PIB industrial do Rio Grande do Norte.
A queda na atividade de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis – como o óleo diesel – comprometeu diretamente o resultado global da indústria local.
Confiança em baixa entre empresários
De acordo com Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), os indicadores de 2025 mostram um cenário ainda mais desafiador que o observado no ano anterior.
Ele lembra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) vem em queda constante desde janeiro de 2024, passando de 60,6 pontos para os atuais 51,6, abaixo da média histórica de 54 pontos.
A confiança do industrial, medida pelo ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), apresenta queda consistente desde janeiro do ano passado, quando saímos de 60,6 pontos para os atuais 51,6 (abaixo da média histórica calculada em 54 pontos)”, comenta.
Perspectivas para o setor
O desempenho negativo reforça a necessidade de medidas que estimulem a retomada da produção, especialmente em segmentos estratégicos como petróleo e gás, que seguem determinantes para a economia potiguar.
O cenário de baixa confiança também sinaliza que, sem ajustes no ambiente de negócios, a recuperação pode demorar mais do que o esperado.
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