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Publicado em 20/06/2025, às 17h43 Redação
O governo federal fez novamente os cálculos em relação ao impacto financeiro dos chamados “jabutis”, que são dispositivos inseridos pelo Congresso no projeto de lei que regulamenta a energia eólica offshore.
Com os novos resultados obtidos a partir dos cálculos, é projetado que essas medidas gerem um custo superior a R$ 525 bilhões de reais aos consumidores nos próximos 15 anos.
De acordo com técnicos no assunto, o impacto médio anual na conta de luz seria de R$ 35 bilhões, valor que já era considerado maior do que o inicialmente previsto pelo próprio governo (R$ 32 bilhões).
Além disso, os números previstos inicialmente também já etavam bem acima do cálculo da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que estimava um custo de R$ 197 bilhões até o ano de 2050. A informação foi obtida pela CNN Brasil junto a fontes da Esplanada dos Ministérios.
Entre os principais “jabutis”, o mais oneroso seria a obrigatoriedade de contratação de usinas térmicas a gás, que custaria cerca de R$ 20,6 bilhões por ano, ou R$ 309 bilhões até 2040.
Na sequência, aparece a contratação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com custo anual de R$ 12,4 bilhões (R$ 186 bilhões no período estimado).
Outros custos
Hidrogênio e eólica: R$ 1,46 bilhão ao ano (R$ 21,9 bilhões até 2040)
Prorrogação do Proinfa: R$ 600 milhões ao ano (R$ 9 bilhões no total)
O governo vê com preocupação o impacto desses dispositivos na conta de luz e deve intensificar as articulações para rever os pontos mais polêmicos da proposta no Congresso.
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