Negócios
Publicado em 24/07/2025, às 13h24 BNews Natal
Mesmo com investimentos robustos em cibersegurança, falhas humanas seguem sendo o elo mais fraco na proteção de sistemas corporativos. A má gestão de certificados digitais — como perdas, uso inadequado ou vencimento não monitorado — tem gerado brechas críticas e evitáveis.
Com a digitalização acelerada de processos como assinatura eletrônica, autenticação de usuários e comunicação criptografada, os certificados digitais se tornaram essenciais para garantir integridade, sigilo e validade jurídica. No entanto, muitas empresas ainda deixam essa responsabilidade nas mãos dos próprios usuários, sem preparo técnico ou ferramentas adequadas de controle.
Três erros frequentes e suas consequências
Entre os equívocos mais comuns estão a instalação de certificados em dispositivos não autorizados, o esquecimento de revogação ao trocar de equipamentos e o armazenamento de chaves em navegadores desprotegidos ou locais inseguros. Essas falhas, segundo especialistas, colocam em risco toda a infraestrutura, mesmo quando há soluções sofisticadas de proteção.
“Se um certificado expira e ninguém percebe, ou se for usado em um dispositivo vulnerável, todos os investimentos em segurança perdem força”, alerta Daniel Rodríguez, CEO de operações da Redtrust. “É preciso entender que esses erros não são falhas individuais, mas reflexos de uma má gestão.”
Gestão inteligente e arquitetura Zero Trust
Para mitigar esses riscos, a Redtrust defende a adoção de políticas baseadas em Zero Trust. Isso inclui automatizar tarefas como renovação e revogação de certificados, restringir usos conforme permissões definidas e manter auditorias contínuas. A proposta é que o usuário deixe de ser o elo final na cadeia de segurança.
Com esse modelo, as equipes de TI ganham visibilidade e controle centralizado, podendo agir rapidamente diante de qualquer anomalia. Além de reduzir falhas, essa abordagem melhora a eficiência operacional e a experiência do usuário.
“Gestão inteligente de certificados é uma decisão estratégica”, reforça Rodríguez. “Ela elimina pontos cegos, evita falhas humanas e se encaixa perfeitamente em uma arquitetura onde não há confiança implícita. Em tempos de ataques cada vez mais sofisticados, essa prática deixa de ser uma opção — passa a ser uma necessidade.”
Classificação Indicativa: Livre