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Desigualdade no Brasil atinge menor nível desde 2012 com avanço da renda dos mais pobres

Um dos principais fatores para a redução da desigualdade foi o crescimento mais acentuado da renda entre os brasileiros de menor poder aquisitivo - Reprodução/Internet
O levantamento também mostra que a renda média mensal real domiciliar per capita chegou a R$ 2.020 em 2024, o maior valor já apurado pela pesquisa  |   BNews Natal - Divulgação Um dos principais fatores para a redução da desigualdade foi o crescimento mais acentuado da renda entre os brasileiros de menor poder aquisitivo - Reprodução/Internet

Publicado em 08/05/2025, às 13h06   Redação



A diferença entre os maiores e os menores rendimentos no Brasil atingiu, em 2024, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

Pela primeira vez em 12 anos, a razão entre os rendimentos dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres caiu para 13,4 vezes (menor valor registrado desde 2012). Em valores absolutos, os 10% que ganham mais receberam, em média, R$ 8.034, enquanto os 40% com os menores rendimentos tiveram uma média de R$ 601.

O levantamento também mostra que a renda média mensal real domiciliar per capita chegou a R$ 2.020 em 2024, o maior valor já apurado pela pesquisa, representando um aumento de 4,7% em relação ao valor de R$ 1.929 registrado em 2023.

Um dos principais fatores para a redução da desigualdade foi o crescimento mais acentuado da renda entre os brasileiros de menor poder aquisitivo. A renda dos 40% mais pobres aumentou 9,3% em relação ao ano anterior, enquanto a dos 10% mais ricos teve alta de apenas 1,5%.

Ainda que a desigualdade persista, especialmente no recorte do 1% mais rico da população — cuja renda média mensal foi de R$ 21.767, ou 36,2 vezes a dos 40% mais pobres — os dados apontam uma tendência de redução. Em 2023, essa razão era de 39,2 vezes.

Entre os fatores que contribuíram para o avanço da renda das famílias de baixa renda estão o dinamismo do mercado de trabalho, com aumento do nível de ocupação, reajustes do salário mínimo e ampliação dos programas sociais, como o Bolsa Família.

O Índice de Gini — indicador que mede a concentração de renda — também confirmou a tendência de melhora. Em 2024, o índice caiu para 0,506, o menor já registrado pela PNAD Contínua. Quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.

Desde 2012, a evolução do índice mostra oscilações: entre 2012 e 2015 houve redução da desigualdade (de 0,540 para 0,524), seguida de aumento a partir de 2016, com pico em 2018 (0,545). Nos últimos dois anos, o índice vinha estável em 0,518, mas caiu significativamente em 2024.

Com informações da Agência Brasil. 

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