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Publicado em 23/05/2025, às 13h13 Redação
O fenômeno conhecido como curtailment, termo que se refere à interrupção ou limitação da geração de energia solar e eólica, gerou uma perca superior a R$ 2 bilhões apenas no ano de 2025, de acordo com o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Darlan Santos.
A declaração foi dada durante a 1ª reunião ordinária de 2025 da Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE), da FIERN. O presidente destacou que os cortes começaram em agosto de 2023, ganharam intensidade no ano passado com perdas de R$ 1,6 bilhão, e atingiram recorde histórico em fevereiro deste ano.
Além das perdas diretas aos geradores, o fenômeno atinge também a economia dos municípios nordestinos.
Entre os efeitos colaterais, estão:
Queda na arrecadação de ISS; redução nos índices de empregabilidade; desestímulo a novos investimentos no setor.
“Essa desarticulação compromete toda a cadeia produtiva, direta e indireta, das energias renováveis na região”, disse Darlan.
Como alternativas para mitigar o problema, o CERNE propôs:
Aumento da demanda regional por energia, com incentivo ao consumo local; armazenamento de energia; implantação de hubs de hidrogênio verde (H2V) e datacenters; e instalação de compensadores síncronos, capazes de melhorar a estabilidade da rede elétrica e ampliar a participação das fontes renováveis.
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