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Publicado em 13/06/2025, às 21h54 Redação
Os mercados globais de câmbio e ações foram impactados nesta sexta-feira (13) pela instabilidade geopolítica após os ataques de Israel ao Irã. No Brasil, o dólar à vista teve leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,54, enquanto o Ibovespa recuou 0,43%, aos 137.212 pontos.
O petróleo foi o principal termômetro da crise. O Brent subiu 8,28%, a US$ 75,10, após atingir US$ 78,50 maior cotação desde janeiro. O WTI avançou 8,69%, a US$ 73,95. A disparada refletiu temores de que o conflito afete o fornecimento global da commodity, embora os preços tenham amenizado após relatos de que os ataques não atingiram campos petrolíferos.
Com a aversão a risco em alta, bolsas internacionais caíram. Em Nova York, o S&P 500 recuava 1,24%, o Dow Jones, 1,96%, e o Nasdaq, 1,37%. Já o ouro, ativo considerado seguro, subiu 1,5%, a US$ 3.452,8 por onça-troy, próximo da máxima histórica.
O índice VIX, conhecido como “índice do medo”, saltou mais de 20%, sinalizando forte nervosismo dos investidores. “A volatilidade deve persistir, mesmo com a correção parcial nos preços do petróleo”, diz Christian Iarussi, da The Hill Capital.
Na B3, Suzano e Petrobras lideraram as altas. A primeira reagiu à recomendação de compra do Goldman Sachs, e a segunda à alta do petróleo e à expectativa de dividendos extras. Entre as quedas, destaque para empresas de consumo e frigoríficos como a Minerva, pressionada pela liberação da importação de carne dos EUA pela China.
Alexandro Nishimura, economista da Nomos, alerta que a escalada no Oriente Médio eleva o risco de inflação global. No Brasil, ele ressalta que o cenário fiscal segue frágil, com resistências à nova medida provisória sobre o IOF e desgaste político do governo no Congresso.
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