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Brasileiros resgatam R$ 310 milhões esquecidos em bancos; mais de R$ 10 bilhões ainda estão disponíveis

O Sistema de Valores a Receber é um serviço gratuito do Banco Central - Reprodução/Internet
Até julho, 32,3 milhões de beneficiários já tinham resgatado seus valores, sendo 29,3 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de pessoas jurídicas  |   BNews Natal - Divulgação O Sistema de Valores a Receber é um serviço gratuito do Banco Central - Reprodução/Internet
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 09/09/2025, às 13h30



Apenas no mês de julho deste ano, brasileiros retiraram cerca de R$ 310,36 milhões de reais em valores esquecidos no sistema financeiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Banco Central (BC). Desde a criação do Sistema de Valores a Receber (SVR), R$ 11,34 bilhões já foram devolvidos. Entretanto, ainda restam R$ 10,70 bilhões que podem ser sacados pela população. 

Como funciona o SVR?

O Sistema de Valores a Receber é um serviço gratuito do Banco Central que permite que pessoas físicas, jurídicas ou até herdeiros de entes falecidos consultem se têm dinheiro esquecido em bancos, consórcios, financeiras e corretoras.

Para realizar a consulta, é necessário informar CPF e data de nascimento ou CNPJ e data de abertura da empresa, mesmo que esta já tenha sido encerrada.

Se existirem valores disponíveis, o cidadão pode solicitar o resgate diretamente à instituição financeira ou pelo próprio sistema. Para executar o procedimento, é preciso ter uma conta Gov.br nos níveis prata ou ouro e ativar a verificação em duas etapas.

Resgate automático

Desde maio deste ano, o sistema oferece a função de resgate automático do valor. Nessa modalidade, não é necessário que o cidadão acesse o sistema nem realize pedidos manuais: os valores liberados são creditados diretamente em conta, desde que o usuário tenha uma chave Pix vinculada ao CPF. 

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Entre os recursos que podem ser recuperados, estão: saldos de contas encerradas, cotas de cooperativas, valores de consórcios finalizados, taxas indevidas cobradas em operações de crédito, contas de pagamento já encerradas, além de registros mantidos por corretoras e distribuidoras.

Quem já sacou e quem ainda não buscou

Até o final de julho, cerca de 32,3 milhões de beneficiários já tinham resgatado seus valores, sendo 29,3 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de pessoas jurídicas.

Por outro lado, 52,6 milhões ainda não realizaram o saque, sendo a maioria formada por pessoas físicas (48 milhões).

A maior parte desses correntistas tem valores baixos a receber:

64,49% têm até R$ 10 disponíveis;

23,89% têm entre R$ 10,01 e R$ 100;

9,82% têm entre R$ 100,01 e R$ 1 mil;

Apenas 1,8% têm mais de R$ 1 mil para resgatar.

Classificação Indicativa: Livre

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