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Vacinação no Brasil: como a prevenção à saúde muda entre as regiões do país

As campanhas de vacinação são adaptadas conforme as necessidades locais - Reprodução/Freepik
As diferenças culturais e geográficas do Brasil exigem estratégias de vacinação adaptadas para cada região, especialmente em tempos de surtos  |   BNews Natal - Divulgação As campanhas de vacinação são adaptadas conforme as necessidades locais - Reprodução/Freepik

Publicado em 13/06/2025, às 13h30   Redação



As diferenças geográficas e culturais do Brasil exigem abordagens distintas quando o assunto é prevenção de doenças. No mês em que se celebra o Dia da Imunização, 9 de junho, o debate sobre a importância da vacinação ganha força, especialmente diante do ressurgimento de enfermidades como a febre amarela — que, só no início de 2025, já teve 15 casos confirmados em três estados, segundo o Ministério da Saúde.

O caso mais alarmante foi registrado em Jundiaí (SP), onde um homem de 41 anos, que não estava vacinado, morreu após contrair a doença. O diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz. O episódio serve de alerta para a necessidade contínua de campanhas de vacinação, especialmente em um país de dimensões continentais e contrastes regionais como o Brasil.

De acordo com o médico Fábio Argenta, sócio-fundador da rede Saúde Livre Vacinas, a imunização é uma das ferramentas mais eficazes para evitar surtos. “As vacinas são fundamentais para impedir a disseminação de doenças e o retorno de enfermidades já controladas. Elas têm papel essencial tanto na proteção individual quanto coletiva”, afirma.

Com presença em todas as regiões do país, a Saúde Livre Vacinas atua com ações que levam em conta os hábitos, o clima, a estrutura de saúde e até o fluxo de pessoas de cada local. “As diferenças entre as regiões exigem estratégias específicas. Em 2024, conseguimos adaptar as campanhas conforme a realidade de cada unidade”, explica Argenta.

Na região Norte, o foco foi na prevenção de doenças comuns em climas úmidos e quentes, como febre amarela e dengue. As vacinas mais procuradas incluíram influenza, febre amarela, hexa, meningites e pneumonias — totalizando mais de 30 mil doses aplicadas.

No Sul, onde predominam baixas temperaturas, a prioridade foi dada às vacinas contra doenças respiratórias típicas da estação fria, como pneumonias e gripe, com cerca de 25 mil imunizações realizadas.

Já nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, a demanda se concentrou em vacinas contra meningites, doenças respiratórias e herpes zoster. Juntas, essas três regiões somaram mais de 300 mil doses aplicadas pela rede apenas no último ano.

Além de ações pontuais, as clínicas privadas costumam intensificar campanhas em períodos de maior risco epidemiológico. “Durante o inverno, por exemplo, investimos em campanhas contra gripe e pneumonia. Nossa capilaridade nacional permite entender de perto as necessidades locais, o que torna as ações mais eficazes”, ressalta Argenta.

O resultado desse trabalho preventivo foi a imunização de aproximadamente 385 mil pessoas em 2024. O número reforça o papel da vacinação como pilar da saúde pública e da medicina preventiva, especialmente em um país onde as realidades são tão diversas.

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