[VÍDEO] 'Soltou a carta': influenciador joga ‘Tigrinho’ ao vivo em audiência no Senado

Durante uma audiência no Senado na terça-feira (14), o influenciador digital Rico Melquiades surpreendeu parlamentares ao demonstrar ao vivo o funcionamento do polêmico “Jogo do Tigrinho” — plataforma de apostas online investigada por suposta indução ao jogo e exploração de vulnerabilidades de usuários.

'SOLTOU A CARTA' Durante uma audiência no Senado na terça-feira (14), o influenciador digital Rico Melquíades surpreendeu parlamentares ao demonstrar ao vivo o funcionamento do polêmico “Jogo do Tigrinho” pic.twitter.com/WOQ89drGqC

— BNews Natal (@BnewsNatal) May 16, 2025

Conhecido por sua participação no reality show A Fazenda, Rico simulou uma rodada do jogo durante sua fala e chegou a ganhar R$ 120 em tempo real. “Tigrinho soltou a carta, se completar eu ganho. Completou! Acabei de ganhar 120 reais”, disse o influenciador, acrescentando logo em seguida: “Agora eu paro a rodada e pronto.”

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O episódio causou surpresa no plenário e levantou debate sobre a influência digital nas apostas online. A senadora Soraya Thronicke (PODEMOS-MS) chegou a sugerir que o influenciador testasse também o “Jogo da Cobrinha”, outro jogo do mesmo segmento. Rico recusou, argumentando: “Mas aí vou estar induzindo o pessoal a jogar. Gente, não quero! Fiz o ganho e não quero mais jogar.”

Entenda o caso de Rico

Rico Melquiades, nome artístico de Luiz Ricardo Melquiades Santiago, é um influenciador digital e ex-participante do reality show A Fazenda 13, onde conquistou grande popularidade. Natural de Maceió, Alagoas, ele acumula mais de 4 milhões de seguidores no Instagram.

Em 2025, Rico tornou-se alvo da Operação Game Over 2, liderada pela Polícia Civil de Alagoas, que investigava a promoção de jogos de azar online, como o "Jogo do Tigrinho", por influenciadores digitais. Durante a operação, foram apreendidos bens do influenciador, incluindo veículos e valores em dinheiro, além do bloqueio de suas contas bancárias. 

No decorrer das investigações, Rico confessou participação em crimes de associação criminosa e falsidade ideológica relacionados à promoção de plataformas de apostas ilegais. Para evitar um processo penal, firmou um Acordo de Não Persecução Penal com a Justiça de Alagoas, comprometendo-se a pagar uma multa.

Além disso, Rico foi convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, no Senado Federal, que investiga irregularidades no mercado de apostas online, incluindo possíveis práticas de lavagem de dinheiro e o impacto social dessas atividades. Seu depoimento é considerado relevante devido à sua influência nas redes sociais e ao alcance de suas publicações promocionais.