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Maio Cinza alerta para tumores cerebrais: saiba os principais sintomas

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No Brasil, estima-se que 11 mil novos casos de tumores cerebrais sejam diagnosticados anualmente; dor de cabeça persistente é um dos sintomas  |   BNews Natal - Divulgação Foto: Ilustrativa.

Publicado em 20/05/2025, às 11h52   Redação



O mês de maio traz para a população a campanha de conscientização sobre tumores cerebrais, conhecida como Maio Cinza. No Brasil, a estimativa é de 5 a 6 novos casos de tumor cerebral, por ano, a cada 100 mil habitantes. Segundo dados no Instituto Nacional de Câncer (INCA), são cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) - que afeta o cérebro e a medula espinhal.

O oncologista Alison Wagner Azevedo Barroso esclarece que “embora a incidência de tumores cerebrais seja relativamente baixa em comparação com outros tipos de câncer, os tumores cerebrais malignos, como os glioblastomas, têm um impacto significativo devido à sua agressividade e a localização no cérebro, que pode afetar funções vitais”. 

A incidência desse tipo de câncer também pode variar de acordo com a faixa etária, sendo mais comuns em adultos entre 40 e 70 anos. “Mas também pode acometer crianças, e a detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar o prognóstico”, acrescenta o oncologista. 

Um tumor no cérebro pode ser benigno ou maligno, tendo origem no próprio órgão ou partindo de outro lugar do corpo. Dentre os tumores benignos, estão os meningiomas e adenomas hipofisários, que crescem de forma lenta, têm margens bem definidas e geralmente não invadem o tecido cerebral. “Mesmo sendo benigno, podem causar sintomas importantes ao comprimir áreas funcionais do cérebro, dependendo da localização”, explica Alison. 

Além dos tumores que surgem no próprio cérebro, existem também as metástases cerebrais, que são tumores malignos causados pela disseminação de cânceres originados em outros órgãos, como pulmão, mama, rim e melanoma. As metástases cerebrais são, na verdade, a forma mais comum de tumor maligno no cérebro em adultos, e indicam que o câncer já está em estágio avançado.

O cérebro é responsável por diversas funções do corpo e, por isso, tem diferentes áreas afetadas, o que pode gerar sintomas distintos, variando de acordo com o tipo, tamanho e localização da lesão. O oncologista relata que dentre os principais sintomas, estão as dores de cabeça persistente e progressivas, porém, diferentes da cefaléia comum e, ao contrário da enxaqueca ou da dor tensional, a dor associada a tumores cerebrais tende a piorar com o tempo.  

“Além de serem refratárias a medicações analgésicas e muitas vezes acompanhadas de náuseas e vômitos. Em pacientes que já têm cefaléia, uma mudança na característica da dor que o paciente sente (mais forte, lancinante ou resistente à medicação) gera atenção à busca de atendimento médico para investigação. A dor de cabeça comum é mais frequente que a dor relacionada a um tumor”, explica. 

Alterações neurológicas, como fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldades na fala, alterações visuais, desequilíbrio ou perda de coordenação motora também estão entre os sintomas.  

“É importante lembrar que esses sintomas não são exclusivos dos tumores cerebrais, mas sinais persistentes, novos ou progressivos devem sempre ser avaliados por um médico”, enfatiza o oncologista. 

A ressonância magnética do crânio é o principal exame para diagnosticar os tumores, além da tomografia computadorizada, biópsia, exames moleculares e genéticos que são essenciais para o diagnóstico e para ajudar na escolha e na sequência de tratamentos. 

Segundo o médico, cada caso e paciente é único e requer um tipo de controle e tratamento para a possibilidade de cura. “Alguns tumores benignos ou de baixo grau podem ser curados com cirurgia, especialmente quando estão localizados em áreas acessíveis e podem ser totalmente removidos. Já tumores malignos de maior agressividade costumam exigir tratamentos combinados, e, mesmo quando não há cura completa, é possível alcançar controle da doença e melhora significativa da qualidade de vida”, conclui Alison Barroso.

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