Geral

Fraude no INSS: Investigações chegam a presidente de Confederação no RN

Abraão Lincoln é presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura. Foto: Reprodução.
A Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca é alvo de investigação por fraudes contra aposentados do INSS; PF investiga possíveis conluios  |   BNews Natal - Divulgação Abraão Lincoln é presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura. Foto: Reprodução.

Publicado em 05/05/2025, às 09h20   Redação



A Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) no esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS, é apontada como peça-chave no modelo de corrupção que movimentou milhões em descontos indevidos sobre benefícios previdenciários.

Comandada por um ex-dirigente do partido Republicanos, Abraão Lincoln, a CBPA teria desembolsado cifras milionárias a operadores acusados de corromper servidores do Instituto Nacional do Seguro Social.

Segundo a PF, a CBPA, que não possuía um único filiado em 2022, fechou um acordo com o INSS naquele mesmo ano, passando a ter mais de 340 mil associados em 2023, com arrecadação de R$ 57,8 milhões. No primeiro trimestre de 2024, já eram 445 mil filiados e R$ 41,2 milhões em faturamento. A Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que a confederação não tem estrutura para prestar serviços a tantos associados, levantando fortes indícios de fraude nas filiações.

Abraão Lincoln, que mantém relação próxima com lideranças do Republicanos, participou recentemente de eventos políticos ao lado de figuras como Marcos Pereira (presidente nacional do partido) e Marcelo Crivella (deputado federal pelo RJ). Ele também declarou apoio público à candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara.

As suspeitas sobre a CBPA incluem pagamento de propinas a agentes do INSS, incluindo a esposa do procurador-geral Virgílio Oliveira Filho e o filho do ex-diretor de benefícios André Fidelis. Fidelis, inclusive, foi afastado após vir à tona que recebeu diárias para participar de festas da entidade.

Outro personagem investigado é Guilherme Serrano, ex-presidente do INSS no governo Bolsonaro. A PF aponta que ele participou da assembleia que autorizou o acordo da CBPA com o órgão e, mais tarde, assinou o próprio termo quando já chefiava o instituto – o que levanta suspeitas de conflito de interesse.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp


Whatsapp floating

Receba as notificações pelo Whatsapp

Quero me cadastrar Close whatsapp floating