Geral
Publicado em 01/07/2025, às 08h17 Redação
Um acidente envolvendo uma criança de apenas 4 anos marcou o trecho final de um cruzeiro da Disney entre as Bahamas e Fort Lauderdale, na Flórida (EUA). A menina caiu do quarto andar do navio e foi imediatamente seguida pelo pai, que pulou no mar para salvá-la. Ambos foram resgatados com vida pela tripulação da Disney Cruise Line e passam bem.
Resgate mobilizou tripulação e passageiros
De acordo com relatos, o alarme de emergência “Homem ao Mar” (MOB) foi ativado imediatamente após a queda. A tripulação lançou botes e coletes salva-vidas na água e iniciou o protocolo internacional de resgate. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que o pai segura a filha nos braços até entregá-la aos socorristas.
Passageiros emocionados acompanharam o salvamento e registraram o momento com aplausos e mensagens de oração. "Muita gente orando neste navio", relatou um passageiro no Facebook.
Quedas de navio: riscos graves e baixa taxa de sobrevivência
Cair de um navio é considerado um dos acidentes mais perigosos em alto-mar. A velocidade da embarcação, a altura da queda e o impacto na água representam riscos sérios, como traumatismo craniano, fraturas e perda da consciência. Além disso, os sistemas de propulsão do navio podem arrastar a pessoa em direção às hélices.
Outro fator crítico é o tempo de resposta. A vítima precisa ser localizada rapidamente para que o resgate tenha sucesso. Sem colete salva-vidas, o risco de afogamento aumenta drasticamente, especialmente se a pessoa estiver inconsciente ou ferida.
Segundo a Associação Internacional de Empresas de Cruzeiros (CLIA), cerca de 26 pessoas caem ao mar a partir de cruzeiros a cada ano. Entre 2009 e 2019, foram registrados 212 casos — apenas 48 sobreviveram, o que representa cerca de 1 a cada 4 vítimas.
Como funcionam os protocolos de emergência
As companhias de cruzeiro seguem normas da Organização Marítima Internacional para casos de queda ao mar. Quando identificado o acidente, o navio interrompe sua marcha, lança boias sinalizadoras e botes de busca, e aciona autoridades marítimas.
Esse protocolo é vital, já que localizar uma vítima em mar aberto é extremamente difícil. Correntes marítimas, visibilidade e o tempo de resposta são fatores decisivos para o sucesso do resgate.
Episódios semelhantes já ocorreram
Em setembro de 2023, um menino de 12 anos morreu ao cair do 13º andar de um navio da Royal Caribbean, em uma área interna da embarcação. Casos como esse reforçam os riscos envolvidos em viagens marítimas, especialmente com crianças, e a importância das medidas de segurança e vigilância constante.
Fontes: UOL, David Szpilman (Sobrasa), Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.
Classificação Indicativa: Livre