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A Ginasta olímpica Rebeca Andrade confirmou nesta terça-feira (12) em palestra na Rio Innovation Week (RIW), que não vai mais competir no solo. A ginasta foi medalha de ouro no aparelho nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
A possibilidade de abandonar a categoria solo já circulava desde as olímpiadas de Paris. Com apenas 26 anos, a atleta já passou por três cirurgias para tratar lesões do ligamento cruzado anterior (LCA), a última foi em 2020.
“O solo é o que causa mais impacto. Tem 21 anos que faço ginástica, é muito impacto. Foram cinco cirurgias no joelho, uma em cada pé. [Parar de fazer solo] vai me fazer continuar treinando por mais tempo. Eu sei que vocês amam quando eu faço solo, mas ainda posso mostrar muito nos outros aparelhos”, revelou a ginasta.
Embora deva competir no Mundial de Ginástica Artística ainda esse ano, em outubro, em Jacarta, na Indonésia, Rebeca disse que está pegando mais leve. As medidas tem o objetivo de chegar mais forte na reta final do ciclo olímpico.
“Este ano, estou cuidando mais da minha saúde física e mental, não estou treinando tão forte. Isso é crucial para os próximos anos, temos pelo menos mais uma Olimpíada pela frente”, explicou.
O cuidado de Rebeca com o físico não veio por acaso. Ainda na adolescência, em 2015, a primeira cirurgia no joelho a tirou dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Em 2017, ela voltou a precisar de cirurgia e ficou fora do Mundial.
Rebeca é a maior medalhista olímpica do Brasil, com seis medalhas distribuídas entre os Jogos de Tóquio-2020 e Paris-2024: dois ouros (salto e solo), três pratas (duas no individual geral e uma no salto) e um bronze (por equipes).
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