Esportes
A Copa do Mundo de 2026, marcada para os meses de junho e julho e com sedes distribuídas entre Estados Unidos, Canadá e México, pode ter alterações de peso no planejamento original. A FIFA estuda transferir alguns jogos previstos para solo norte-americano para cidades canadenses, em razão das dificuldades impostas pelo atual processo de concessão de vistos nos Estados Unidos.
O prazo médio para obtenção do documento chega a 300 dias em alguns consulados, um gargalo que afeta diretamente torcedores, jornalistas e até delegações esportivas. Para a entidade máxima do futebol, esse atraso ameaça comprometer a logística do torneio e restringir o acesso de um público essencial para o clima da competição.
Diante do impasse, o Canadá desponta como alternativa natural: adota regras migratórias mais flexíveis, oferece trâmites de visto mais rápidos e possui histórico positivo na organização de eventos internacionais de grande porte. Além disso, conta com estádios e infraestrutura já testados, o que reduz riscos e facilita a redistribuição de partidas.
A eventual mudança, no entanto, vai muito além de trocar estádios no calendário. Envolve remanejamento de equipes de transmissão, ajustes de hospedagem e revisões no planejamento de deslocamentos — um quebra-cabeça que, se bem administrado, pode transformar um problema diplomático em oportunidade para otimizar o evento.
Oficialmente, a FIFA não confirma a realocação, mas admite que acompanha o tema de perto. Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos afirma estar empenhado em acelerar os processos de visto, prometendo recorrer a sistemas de inteligência artificial para reduzir o tempo de espera.
A decisão final deverá ser anunciada nos próximos meses, à medida que o cronograma da Copa do Mundo se aproxima e a pressão por soluções rápidas aumenta.
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