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Nova pesquisa revela como o café da tarde pode atrapalhar o sono

Nova pesquisa revela como o café da tarde pode atrapalhar o sono - Reprodução
Estudo revela que a cafeína interfere na qualidade do sono, mantendo o cérebro ativo e comprometendo o descanso  |   BNews Natal - Divulgação Nova pesquisa revela como o café da tarde pode atrapalhar o sono - Reprodução
Ari Alves

por Ari Alves

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Publicado em 05/08/2025, às 21h31



Um novo estudo mostra que consumir apenas duas xícaras de café após o meio-dia já pode ser suficiente para comprometer a qualidade do sono à noite. A pesquisa revela que a cafeína afeta diretamente a estrutura e a complexidade da atividade cerebral durante o período de descanso.

A investigação foi conduzida por cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, que analisaram o sono de 40 adultos saudáveis, todos com consumo moderado de cafeína e idades entre 20 e 58 anos.

Durante o estudo, os voluntários passaram duas noites em uma clínica do sono. Um dos grupos ingeriu uma dose de 200 mg de cafeína, o equivalente a duas xícaras de café, enquanto o outro grupo recebeu um placebo. Nenhum dos participantes sabia o que havia consumido, e os cientistas também estavam cegos quanto às distribuições.

Impacto direto da cafeína

Na sequência, a equipe monitorou a qualidade do sono dos participantes por meio de eletroencefalograma (EEG), equipamento que registra a atividade cerebral detectando os sinais elétricos emitidos pelo cérebro.

Os dados mostraram que a cafeína alterou significativamente o funcionamento cerebral durante o sono não REM, que é a fase mais restauradora do ciclo. Esse estágio é crucial para a reparação de tecidos, fortalecimento muscular e fortalecimento do sistema imunológico. A interferência da cafeína justamente nesse ponto prejudicou a recuperação do organismo.

Segundo os cientistas, é comum acreditar que a cafeína atrapalha apenas o ato de adormecer. No entanto, mesmo quando a pessoa consegue pegar no sono, os efeitos da substância ainda se manifestam, afetando de forma profunda o descanso.

Cérebro mais alerta, mesmo durante o sono

Thölke, um dos autores da pesquisa, explicou ao site PsyPost que a cafeína não bloqueia completamente o sono, mas interfere em sua qualidade. Mesmo que o indivíduo durma, o cérebro continua ativo de forma excessiva, impedindo o repouso profundo. A substância faz com que o sono fique mais leve e estimula o processamento de informações em momentos em que o cérebro deveria estar desacelerando.

Outro dado relevante levantado pelo estudo foi a mudança na distribuição da atividade elétrica em diferentes frequências. Em alguns casos, os sinais cerebrais ficaram mais "achatados", o que indica um estado cerebral próximo ao de alerta, mesmo enquanto a pessoa dorme. Isso sugere que o cérebro se mantém parcialmente desperto, o que impacta o processo de recuperação noturna.

O estudo também revelou que os adultos mais jovens, entre 20 e 27 anos, tendem a ser mais sensíveis aos efeitos da cafeína durante o sono REM. Comparados aos adultos de meia-idade, eles apresentaram maior vulnerabilidade ao estímulo da substância, o que pode ter implicações importantes para hábitos de consumo ao longo da vida.

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