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Reginaldo Rossi e Joelma, dois ícones do brega de Pernambuco e Pará, respectivamente - Imagem: Patrick Silva/Eskutaki Produção&Comunicação/Creative CommonsPublicado em 23/05/2025, às 14h57 Redação
Recife ganhou, em 13 de maio de 2025, aprovação da Comissão de Educação e Cultura do Senado para ser reconhecida como Capital Nacional do Brega, com apoio do senador Humberto Costa (PT-PE). Ele destacou o papel histórico do ritmo na capital pernambucana, especialmente como forma de resistência social durante a ditadura militar, e a importância econômica do gênero para a cidade.
Por outro lado, Belém e artistas do Pará contestam a decisão. O senador Beto Faro (PT-PA) recorreu para que o projeto seja avaliado no plenário, alegando que Recife não cumpriu os critérios legais para a homenagem — como o apoio formal da Câmara Municipal e audiências públicas. Faro defende que o título seja compartilhado, já que o brega é Patrimônio Cultural Imaterial do Pará desde 2021.
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Músicos paraenses, como DJ Dinho e Kim Marques, afirmam que o brega nasceu no Pará, tendo depois se difundido em Pernambuco, e criticam o reconhecimento unilateral da capital pernambucana como demagógico e pouco valorizador da cultura local.
O brega é um ritmo de letras românticas, com variantes regionais: em Belém, destaca-se o tecnobrega, com influências eletrônicas, difundido nacionalmente por artistas como Joelma, Calypso e Gaby Amarantos. Já em Recife, o brega foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da cidade em 2021.
Em paralelo, o Senado aprovou projeto para instituir 14 de fevereiro — aniversário de Reginaldo Rossi, “rei do brega” pernambucano — como Dia Nacional do Brega, aguardando sanção presidencial.
A disputa segue no Congresso e nas manifestações culturais de ambos os estados.
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