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Comer proteína virou moda, mas será que é saudável?

Comer proteína virou moda, mas será que é saudável? - Reprodução
Diante desse cenário, o Idec reforça a importância de ler com atenção a tabela nutricional dos produtos antes da compra  |   BNews Natal - Divulgação Comer proteína virou moda, mas será que é saudável? - Reprodução
Ari Alves

por Ari Alves

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Publicado em 06/08/2025, às 21h32



Nem tudo o que parece saudável realmente é. Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que muitos produtos vendidos como “ricos em proteína” podem, na verdade, representar um risco à saúde.

A pesquisa analisou 60 alimentos industrializados e constatou que 52 deles são ultraprocessados. Além disso, apresentam quantidades elevadas de açúcar, sódio, aditivos artificiais e até resíduos de agrotóxicos.

Ainda segundo o Idec, itens que antes eram vistos como opções saudáveis, como a goma de tapioca e pastas de amendoim integral, passaram por reformulações para receber acréscimo de proteína. Essa mudança fez com que perdessem parte de sua qualidade nutricional original, sendo agora classificados como ultraprocessados.

Outro ponto levantado pela pesquisa foi a presença de mensagens enganosas nas embalagens. O instituto identificou 65 propagandas que destacavam o teor de proteína, mas em 11 casos as alegações não correspondiam à realidade.

Um exemplo citado é o de uma granola que promete 30g de proteína, mas que, na prática, oferece apenas 5g por porção. Isso representa cerca de 5% do valor diário recomendado; quantidade inferior ao necessário para que o produto seja considerado, de fato, uma fonte de proteína.

“Snackficação” e substituições perigosas

A prática cada vez mais comum de trocar refeições completas por lanches ultraprocessados, focando em nutrientes isolados como proteínas, também foi criticada pelo Idec. Esse hábito, conhecido como “snackficação”, pode levar ao desequilíbrio alimentar.

A nutricionista Mariana Ribeiro reforça que alimentos naturais continuam sendo a escolha mais segura e eficaz. Feijão, ovos e leite, por exemplo, ainda são as melhores fontes de proteína para o dia a dia.

Diante desse cenário, o Idec reforça a importância de ler com atenção a tabela nutricional dos produtos antes da compra. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está diretamente associado ao aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e hipertensão.

Alerta ao consumidor

A recomendação final é clara: nem sempre a embalagem reflete o que está dentro do produto. Por isso, é fundamental que o consumidor esteja atento, questione as informações e, sempre que possível, priorize alimentos naturais e minimamente processados.

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