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Vírus H1N1 avança entre crianças e idosos e especialistas alertam para importância da prevenção; saiba onde tomar a vacina

A baixa procura pela vacina contra a gripe em Natal pode agravar a situação; entenda a importância da imunização. - Divulgação
Com apenas 20% de adesão, a vacinação é crucial para proteger os mais vulneráveis e evitar complicações graves  |   BNews Natal - Divulgação A baixa procura pela vacina contra a gripe em Natal pode agravar a situação; entenda a importância da imunização. - Divulgação

Publicado em 03/06/2025, às 07h45   Dani Oliveira



O avanço do vírus H1N1 em Natal está provocando um aumento de internações entre crianças e idosos, faixas etárias consideradas mais vulneráveis. A chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis da Prefeitura do Natal, Veruska Ramos, afirmou que a baixa cobertura vacinal está diretamente ligada ao crescimento dos casos.

O vírus que está circulando hoje é o H1N1 e a influenza B. Está acometendo as duas faixas etárias extremas: crianças e idosos. É o que está causando as internações hoje”, alertou, em entrevista à rádio Mix Natal nesta segunda-feira 2.

Apesar de a vacina contra a influenza estar atualizada e disponível para toda a população, os índices de adesão permanecem baixos. Em Natal, apenas cerca de 20% do público-alvo formado por crianças, gestantes e idosos foi vacinado. A meta do Ministério da Saúde calcula a cobertura especificamente com base nesse grupo, já que são os mais suscetíveis às complicações.

Segundo Veruska, a maior preocupação é com os idosos. No ano passado, somente 45% dessa população recebeu a vacina. “Mais da metade hoje está exposta ao vírus que já está circulando com força. Nas gestantes, ele pode causar internação grave, porque você está com duas vidas em risco”, acrescentou.

A vacina é considerada segura e produzida com cepas atualizadas. “É um vírus com mais de 100 anos, mas segue sofrendo mutações. A tecnologia segue ele de perto. A vacina é produzida anualmente para acompanhar essas mudanças”, explicou.

Veruska também reforçou que a vacina da gripe não causa a doença. “São frações do vírus que servem para ensinar o organismo a se proteger. Nenhuma vacina no mundo é capaz de causar a doença.”

A campanha de imunização continua em andamento sem previsão de encerramento. A vacina estará disponível até o vencimento dos estoques, mas os primeiros 60 a 90 dias são cruciais para intensificar a busca ativa. A Prefeitura de Natal está realizando ações em escolas, instituições e com pontos extras de vacinação.

Campanha contra influenza enfrenta baixa procura e acende alerta
A campanha de vacinação contra a influenza em Natal enfrenta uma adesão abaixo do esperado. Até o momento, apenas 20% do público-alvo da campanha foi vacinado, conforme dados apresentados por Veruska Ramos, chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis da Secretaria Municipal de Saúde. O percentual reflete a mesma baixa cobertura observada no ano passado, especialmente entre idosos.

A vacina está disponível para toda a população, mas o cálculo da cobertura é feito com base em crianças, gestantes e idosos, que possuem condição específica para serem vacinados e são mais vulneráveis à doença. Veruska chamou atenção para o fato de que a falta de adesão contribui para o fortalecimento do vírus e a maior circulação de formas graves da doença.

Ela explicou que a vacina segue disponível até o vencimento, sem data-limite de aplicação. No entanto, os primeiros dois a três meses são considerados os mais importantes para ampliar a proteção coletiva. “A gente precisa formar esse escudo coletivo. Se todo mundo num ônibus, por exemplo, estiver vacinado, o vírus não se fortalece ali”, disse.

Mais de 10 mil ainda não voltaram para 2ª dose da vacina da dengue
Apesar da ampliação de campanhas, a vacinação contra a dengue também enfrenta baixa procura em Natal. Segundo Veruska Ramos, mais de 10 mil pessoas tomaram a primeira dose e ainda não retornaram para a segunda, necessária para completar o esquema vacinal. A vacina é fabricada por um laboratório japonês e atualmente é aplicada em adolescentes de 10 a 14 anos.

A imunidade só é garantida com as duas doses. Se a pessoa não volta, ela perde a proteção. E isso afeta diretamente nossa capacidade de ampliar a faixa etária. O Ministério da Saúde precisa ver que a população vai aderir”, afirmou.

A vacina foi testada para pessoas de 4 a 59 anos, mas o Ministério da Saúde priorizou o grupo de maior risco com base em dados epidemiológicos. Veruska alertou que a baixa procura pode comprometer a expansão da campanha. “Mesmo não estando disponível para todos ainda, é importante que quem está dentro da faixa etária compareça. Isso nos dá força para solicitar mais vacinas.”

Ela também mencionou que a dengue tem provocado muitas mortes e que a vacina é uma ferramenta crucial para conter esse avanço. “Se a pessoa adoece após uma dose incompleta, não sabemos como o organismo vai reagir.”

A Secretaria Municipal de Saúde segue com ações em escolas e busca ativa por não vacinados. Pais precisam autorizar a imunização de seus filhos em ambiente escolar, e todas as unidades de saúde estão aptas a aplicar as vacinas conforme calendário atualizado.

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