Cidades
Publicado em 27/06/2025, às 21h39 Redação
Em 2022, o Rio Grande do Norte registrou a menor taxa de fecundidade do Nordeste, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE. A média potiguar foi de 1,49 filho por mulher, inferior à média regional (1,60) e à nacional (1,55).
Esse cenário revela que as mulheres do estado têm menos filhos e costumam postergar a maternidade. A idade média da fecundidade no Rio Grande do Norte aumentou de 26,7 anos, em 2010, para 28,4 anos em 2022, a maior entre os estados nordestinos.
De acordo com o Censo, essa tendência está associada a fatores como o crescimento da escolaridade feminina, a urbanização e a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Em Natal, por exemplo, 30,5% das mulheres têm apenas um filho, enquanto 33,1% têm dois. O grupo com seis filhos ou mais caiu para apenas 5,9% das mulheres da capital. Parnamirim também segue esse padrão, apresentando baixos índices de fecundidade elevada.
Brasil acompanha tendência de queda
No país como um todo, os dados indicam o adiamento da maternidade. A faixa etária com maior concentração de nascimentos passou de 20 a 24 anos (em 2010) para 25 a 29 anos (em 2022). Além disso, a proporção de mulheres entre 50 e 59 anos que não tiveram filhos aumentou, passando de 11,8% em 2010 para 16,1% em 2022.
Outro dado relevante é a redução no número médio de filhos: em 2000, mulheres nessa faixa etária tinham em média 4,2 filhos, número que caiu para 2,2 em 2022.
Fatores que influenciam a fecundidade
Cor/raça: mulheres brancas e amarelas apresentam as menores taxas de fecundidade, com médias de 1,35 e 1,22 filhos, respectivamente.
Escolaridade: quanto maior o nível de instrução, menor a taxa de fecundidade. Mulheres com ensino superior completo têm em média 1,19 filho.
Religião: o único grupo com fecundidade acima da média nacional são as mulheres evangélicas (1,74 filhos), enquanto espíritas registram a menor taxa (1,01).
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