Cidades

Professor da USP é afastado de Harvard após prisão nos EUA; veja motivo e consequências para o brasileiro

Referência no Direito, Gouvêa é doutor pela Harvard e coordena o Instituto de Direito Global, mas agora enfrenta sérias acusações. - Divulgação
Carlos Portugal Gouvêa, professor da USP, foi preso após disparar tiros de chumbinho perto de uma sinagoga em Massachusetts  |   BNews Natal - Divulgação Referência no Direito, Gouvêa é doutor pela Harvard e coordena o Instituto de Direito Global, mas agora enfrenta sérias acusações. - Divulgação
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

[email protected]

Publicado em 06/10/2025, às 07h12



Carlos Portugal Gouvêa, advogado e professor brasileiro, foi preso em Brookline, Massachusetts, após disparar tiros de chumbinho perto de uma sinagoga durante o feriado de Yom Kippur, gerando pânico entre os moradores e fiéis da região.

O incidente, que ocorreu no início de Yom Kippur, levou à acusação de Gouvêa por disparo ilegal, conduta desordeira e dano à propriedade, embora ele tenha alegado que estava 'caçando ratos' em sua casa ao lado da sinagoga.

Após pagar fiança e ser liberado, Gouvêa se comprometeu a comparecer a uma audiência em novembro, enquanto Harvard o afastou para investigar o caso, que levanta suspeitas de motivação antissemita, embora a polícia não tenha confirmado essa hipótese.

Resumo gerado por IA

Um episódio inusitado e grave marcou o feriado de Yom Kippur, nos Estados Unidos. O advogado e professor brasileiro Carlos Portugal Gouvêa, de 43 anos, que leciona na Faculdade de Direito da USP e era professor visitante em Harvard, foi preso na cidade de Brookline (Massachusetts) após disparar tiros de chumbinho nas proximidades de uma sinagoga.

Segundo a polícia local, os disparos atingiram o vidro de um carro estacionado próximo ao templo Beth Zion, o que provocou pânico entre fiéis e moradores da região.

O incidente ocorreu na quarta-feira (1º), no início de Yom Kippur — data considerada a mais sagrada do calendário judaico — e mobilizou cerca de dez agentes de segurança.

Harvard Law School, renomada universidade americana onde Carlos Portigal Gouvêia era professor convidado.
Harvard Law School, renomada universidade americana onde Carlos Portigal Gouvêia era professor convidado.

A justificativa e as acusações
Ao ser abordado, Gouvêa alegou que “caçava ratos” no quintal de casa, que fica ao lado da sinagoga. Mesmo assim, as autoridades o acusaram formalmente de disparo ilegal de arma de chumbinho, conduta desordeira, perturbação da paz e dano à propriedade.

O brasileiro pagou fiança e foi liberado, comprometendo-se a comparecer a uma audiência marcada para o início de novembro. Em depoimento à Justiça, declarou-se inocente de todas as acusações.

O brasileiro pagou fiança e foi liberado, comprometendo-se a comparecer a uma audiência marcada para o início de novembro.
O brasileiro pagou fiança e foi liberado, comprometendo-se a comparecer a uma audiência marcada para o início de novembro.

A imprensa local, como o Brookline.News e o The Harvard Crimson, destacou que o caso levantou suspeitas de possível motivação antissemita, embora a polícia ainda não tenha confirmado essa hipótese.

Repercussão nas universidades
O episódio repercutiu rapidamente no meio acadêmico. A Faculdade de Direito de Harvard anunciou o afastamento imediato do professor, colocando-o em licença administrativa enquanto investiga os fatos.

Em nota ao The Harvard Crimson, o porta-voz Jeff Neal afirmou que a instituição “busca mais informações antes de adotar medidas disciplinares”.

Na USP, onde Gouvêa leciona Direito Comercial e Governança Corporativa, o caso também chamou atenção, embora ainda não haja posicionamento oficial da universidade brasileira.

Quem é Carlos Portugal Gouvêa
Referência no meio jurídico, Gouvêa doutorou-se em Direito pela Universidade de Harvard em 2008 e coordena o Instituto de Direito Global (IDGlobal), um think tank brasileiro dedicado a temas de justiça social e ambiental.

Ele também integra o Fórum Nacional das Ações Coletivas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e já foi uma das vozes jurídicas a se manifestar contra o uso da Lei Magnitsky — legislação norte-americana que prevê sanções a violadores de direitos humanos — no caso do ministro Alexandre de Moraes (STF).

Após o incidente, as contas pessoais de Gouvêa e do IDGlobal nas redes sociais foram derrubadas.

O que vem a seguir
O professor deve responder ao processo em liberdade, enquanto o tribunal de Brookline analisa as provas e depoimentos.

A licença em Harvard segue vigente até que a universidade conclua sua apuração interna.

A defesa do acadêmico ainda não se pronunciou oficialmente, mas o site Diário do Poder informou ter solicitado posicionamento através do contato institucional do professor.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp


Whatsapp floating

Receba as notificações pelo Whatsapp

Quero me cadastrar Close whatsapp floating