Cidades
Publicado em 17/07/2025, às 07h58 Dani Oliveira
Os jacarés que vivem há mais de três meses na lagoa de Maracajaú, em Maxaranguape, serão retirados do local e redistribuídos em três áreas diferentes do Rio Grande do Norte. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira 16 pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), após reunião com a prefeitura e a Polícia Ambiental.
De acordo com o Idema, os animais serão remanejados para áreas nos municípios de Touros, Ceará-Mirim e para o Rio Punaú, em Rio do Fogo. Um cronograma será montado nos próximos dias para que a transferência ocorra em até duas semanas.
Segundo o diretor técnico do Idema, Thales Dantas, a lagoa já concentra mais de 60 jacarés da espécie papo-amarelo.
O mais importante é que estamos encerrando essa novela. De fato, eles não são agressivos, são da espécie papo-amarelo mas não podemos dar brecha. E com a quantidade que tem aqui, mais de 60 jacarés, boa parte já na fase adulta (cada fêmea produz até 50 ovos), vamos ter centenas, milhares de jacarés em pouco tempo aqui”, afirmou.
Qual seria o real problema da situação
Ainda segundo Dantas, o problema não é o surgimento dos jacarés, mas a quantidade de indivíduos e a reprodução acelerada na lagoa. A situação é atribuída, em parte, à ação de moradores que continuaram alimentando os animais.
Em maio, os órgãos ambientais haviam decidido manter os jacarés no local, e uma cerca chegou a ser instalada pela prefeitura. No entanto, o número de animais continuou aumentando. Mesmo após a remoção dos jacarés, outros devem surgir por causa da presença de ovos na lagoa.
A lagoa se forma anualmente durante o período de chuvas, fica próxima de residências e está localizada a cerca de 500 metros de uma escola. Moradores relatam que os jacarés aparecem há alguns anos, mas nunca em quantidade semelhante à atual.
A prefeitura de Maxaranguape deverá manter ações de conscientização com a população e criar uma comissão permanente para acompanhar a situação da lagoa.
Classificação Indicativa: Livre