Multas por velocidade são reduzidas em 33%, mas mortes de motociclistas seguem alarmantes

Natal registrou uma redução de 33% no número de multas por excesso de velocidade no primeiro quadrimestre de 2025, de acordo com dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU). Foram 43 mil autuações, contra 66 mil no mesmo período de 2024.

Apesar da queda, os motociclistas continuam sendo os mais vulneráveis no trânsito da capital potiguar, representando cerca de 50% dos condutores sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Estado.

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A secretária de Mobilidade Urbana, Jódia Melo, atribuiu a diminuição das multas às campanhas educativas e à fiscalização integrada com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRV). “Em abril, abordamos 900 motociclistas em operações conjuntas com PRF e CPRV. Desses, 241 foram autuados por falta de documentação, equipamentos de segurança ou habilitação”, disse, em entrevista à Jovem Pan News Natal, nesta terça-feira 13.

As operações fazem parte do programa Trânsito Cidadão, lançado em maio de 2024 pelo Ministério Público do Estado (MPRN) para integrar ações de fiscalização e educação. A STTU também ampliou campanhas em shoppings, escolas e empresas, com foco em motofretistas.

Muitos motoboys correm porque os aplicativos exigem entregas rápidas, mas não há dados transparentes dessas plataformas para regulamentarmos jornadas e velocidades”, explicou Jódia.

Em 2024, Natal registrou 36 mortes no trânsito, contra 44 em 2023. Este ano, até abril, foram cinco óbitos. A secretária citou a vulnerabilidade dos motociclistas como fator crítico. “Eles andam sem luva, bota ou capacete adequado. Uma queda a 40 km/h pode causar lesões graves”, alertou.

Para reforçar a conscientização, a prefeitura promove neste mês o Maio Amarelo, com passeios ciclísticos e ações em vias públicas. O objetivo é reduzir acidentes, mas a falta de regulamentação para aplicativos de entrega ainda é um obstáculo. “São Paulo tentou proibir moto-uber, mas é uma medida radical. Precisamos de regras claras”, concluiu a secretária.