Cidades

IBGE registra alta de 7% no desemprego, mesmo sendo a menor taxa desde 2012

O número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável, mesmo com o aumento da taxa de desemprego no trimestre. - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apesar do aumento na taxa de desocupação, o mercado de trabalho se mantém aquecido, com 57,8% da população empregada  |   BNews Natal - Divulgação O número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável, mesmo com o aumento da taxa de desemprego no trimestre. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 30/04/2025, às 10h16   Dani Oliveira



De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7% no trimestre terminado em março. 

Houve um aumento de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (6,2%), terminado em dezembro, mas uma queda de 0,9 p.p. em relação ao mesmo período em 2024 (7,9%).

Apesar da alta na comparação trimestral, esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o que representa um crescimento de 13,1% (ou mais 891 mil pessoas) no trimestre, mas um recuo de 10,5% (menos 909 mil pessoas) na comparação com 2024.

A população ocupada no Brasil ficou em 102,5 milhões, uma queda de 1,3% (menos 1,3 milhão de pessoas) no trimestre e um aumento de 2,3% (mais 2,3 milhões de pessoas) no ano.

Com isso, 57,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil (14 anos ou mais) estão empregadas. É o que o IBGE chama de nível da ocupação.

O aumento da taxa de desocupação no trimestre demonstra um comportamento sazonal, geralmente já observado nos inícios de ano, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

As demissões são mais comuns no primeiro trimestre porque terminam os contratos de empregados temporários admitidos para atender a demanda do Natal. No entanto, o índice de 7% ainda caracteriza um mercado de trabalho aquecido, destaca a especialista.

Embora tenha havido retração da ocupação, ela não comprometeu o contingente de trabalhadores empregados com carteira assinada, por exemplo.

Veja os destaques da pesquisa

• Taxa de desocupação: 7%
• População desocupada: 7,7 milhões de pessoas
• População ocupada: 102,5 milhões
• População fora da força de trabalho: 67 milhões
• População desalentada: 3,2 milhões
• Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões
• Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
• Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
• Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
• Trabalhadores informais: 38,9 milhões
• Taxa de informalidade: 38%

Rendimento recorde

As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.410 por mês no trimestre terminado em março, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio real habitual.

Foi novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 1,2% no trimestre e 4% no ano.

Já a massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos esses trabalhadores, foi estimada em R$ 345 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,6% (mais R$ 21,2 bilhões) no ano.

Carteira assinada se mantém

O número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado cresceu 3% em relação ao ano passado e chegou a 53,1 milhões.

Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 39,4 milhões, demonstrando uma estabilidade no trimestre, apesar do aumento da desocupação, e um crescimento de 3,9% (mais 1,5 mil pessoas) no ano.

Já os empregados sem carteira são 13,5 milhões. Houve uma queda de 5,3% (menos 751 mil pessoas) no trimestre, mas o índice se manteve estável no ano.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp


Whatsapp floating

Receba as notificações pelo Whatsapp

Quero me cadastrar Close whatsapp floating