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Festa de Cunhaú e Uruaçu 2025: veja programação completa e história dos primeiros santos mártires brasileiros

Saiba mais sobre os primeiros santos brasileiros e a importância dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu na história religiosa do Brasil. - Divulgação
A Festa dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu 2025 traz uma rica programação religiosa e cultural, celebrando 380 anos de história  |   BNews Natal - Divulgação Saiba mais sobre os primeiros santos brasileiros e a importância dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu na história religiosa do Brasil. - Divulgação
Dani Oliveira

por Dani Oliveira

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Publicado em 01/10/2025, às 08h27



A Arquidiocese de Natal divulgou a programação oficial da Festa dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, que teve início no último dia 21 de setembro e segue até 3 de outubro no Santuário dos Mártires, em Uruaçu, São Gonçalo do Amarante.

O evento, que já é tradição no calendário religioso do Rio Grande do Norte, marca os 380 anos dos martírios de 1645 e reúne fiéis de todo o estado.

Monumento aos Santos Mártires, padre Ambrósio Francisco Ferro, padre André de Soveral.
Monumento aos Santos Mártires, padre Ambrósio Francisco Ferro, padre André de Soveral.

Abertura com Moto Romaria
As celebrações começaram no dia 21 de setembro, com a 21ª edição da Moto Romaria. A concentração foi marcada no Santuário dos Mártires, no bairro Nazaré, em Natal, e teve saída às 9h e chegada às 13h em Uruaçu. No mesmo dia, houve missas às 10h30 e às 19h30.

Durante os dias de festa, a programação inclui missas às 5h, recitação do Terço de São Mateus Moreira às 12h, apresentações culturais a partir das 18h e celebração eucarística às 19h30.

Dia 3 de outubro: feriado estadual e encerramento
O ponto alto acontece em 3 de outubro, feriado no Rio Grande do Norte em homenagem aos Mártires.

O dia contará com intensa programação religiosa, cultural e artística:
• 4h – Caminhadas saindo de Macaíba e São Gonçalo do Amarante
• 5h – Missa presidida pelo padre Alexsandro de Lima Freitas (Comunidade Canção Nova)
• 7h – Missa com o arcebispo Dom João Santos Cardoso, transmitida pela TV Canção Nova
• 9h – Missa presidida pelo padre João Gabriel Ribeiro, pároco de São Gonçalo do Amarante
• 10h – Missa presidida pelo padre Manoel Henrique de Paiva, pároco de Jesus Bom Pastor (Natal)
• 12h – Missa com Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo emérito, seguida de procissão com o Santíssimo Sacramento
• 15h – Recitação do Terço da Misericórdia, ao vivo na TV Canção Nova
• 16h – Lançamento do documentário “Santos Mártires – das relíquias à devoção”
• 17h – Missa solene com Dom João Santos Cardoso
• 18h30 – Show e gravação de DVD com os missionários Ana Clara e Ítalo Poeta, acompanhados pela Banda Exército de Deus

Momento de missa solene em homenagem aos Mártires de Cunhaú e Uruaçú.
Momento de missa solene em homenagem aos Mártires de Cunhaú e Uruaçú.

Quem foram os Mártires de Cunhaú e Uruaçu
Os Santos Mártires representam 30 vítimas (25 homens e 5 mulheres) assassinadas em dois massacres, em 1645, durante as invasões holandesas no Rio Grande do Norte.

Os episódios ocorreram na Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, e na comunidade de Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante, marcados pela violência e perseguição religiosa.

Massacre de Cunhaú (julho de 1645): fiéis foram mortos durante uma missa celebrada pelo padre André de Soveral.
Massacre de Uruaçu (outubro de 1645): o padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros cristãos foram torturados e executados.

Engenho de Cunhaú, Rio Grande do Norte, detalhe, Frans Post, 1645. Fonte: Ensinar História - Joelza Ester Domingues.
Engenho de Cunhaú, Rio Grande do Norte, detalhe, Frans Post, 1645. Fonte: Ensinar História - Joelza Ester Domingues.

Reconhecimento pela Igreja Católica
Em 2000, o Papa João Paulo II beatificou o grupo, que passou a ser conhecido como os Protomártires do Brasil.

Em 2017, o Papa Francisco canonizou André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus companheiros, tornando-os oficialmente os primeiros santos mártires brasileiros.

Contexto histórico: invasões holandesas
No século XVII, o Rio Grande do Norte era disputado entre portugueses e holandeses. Além da guerra política e territorial, havia forte componente religioso, já que os invasores protestantes impuseram perseguição aos católicos.

Os massacres de Cunhaú e Uruaçu ficaram marcados como símbolos da resistência da fé católica no Brasil.

Classificação Indicativa: Livre

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