Cidades

Drone potiguar é a nova patrulha policial aérea do RN; veja como funciona a inovação

A terceira geração do drone AEDES combina inteligência artificial e conectividade 5G, oferecendo um desempenho superior a um custo acessível. - UFRN
Com tecnologia de ponta, o AEDES é uma viatura aérea inteligente que atua na prevenção de crimes e em situações de emergência  |   BNews Natal - Divulgação A terceira geração do drone AEDES combina inteligência artificial e conectividade 5G, oferecendo um desempenho superior a um custo acessível. - UFRN

por Dani Oliveira

Publicado em 01/08/2025, às 10h23



A missão do drone AEDES é grande e pretende ainda alcançar muitos voos, não só no Rio Grande do Norte mas também no restante do país.

O equipamento inovador foi criado e desenvolvido na Universidade Federal do RN (UFRN), e chega agora em sua terceira geração como uma viatura aérea inteligente, com capacidade para patrulhar áreas urbanas, inibir crimes, prestar socorro em desastres e transmitir imagens em tempo real.

A ideia inicial surgiu durante a disciplina de “Projeto de Produto V”, do bacharelado de Design da UFRN. Na ocasião, os alunos, especialmente as mulheres, comentaram que se sentiam desprotegidos enquanto percorriam o campus universitário em determinados locais e horários, dado o risco de assaltos e outras abordagens criminosas.

Essa inquietação serviu para a criação da primeira concepção da aeronave, o que marcou o início de anos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

A aeronave, desenvolvida pelo professor Dino Lincoln Figueirôa, nasceu em Natal, mas com potencial de uso ilimitado pelo país.

Com o tempo, o projeto foi ganhando outras proporções. Verificou-se que a UFRN demandava muito esforço para reforçar a segurança, chegando a dobrar o seu número de câmeras de vigilância. Mas todas essas iniciativas não trazem a ostensividade do AEDES”, conta o professor Dino Lincoln Santos, docente do Departamento de Design da UFRN e coordenador do projeto de pesquisa.

A evolução do equipamento

Desde 2017, o projeto evoluiu com apoio do Instituto Metrópole Digital (IMD), do LANCE/IMD e do Protolab. Atualmente, o AEDES apresenta estrutura desmontável, IA embarcada, conectividade 5G, e funcionalidades que o colocam em pé de igualdade com drones de uso militar — mas a um custo até 50 vezes menor.

A aeronave é 100% elétrica, voa até 35 minutos, alcança 150 km/h e pode transportar até 1,5 kg. Com voo semiautônomo e rastreamento de alvos, também pode atuar em salvamentos, emergências e ajuda humanitária. Em testes, o modelo já transmite vídeos em tempo real para algoritmos que reconhecem rostos, placas e comportamentos suspeitos.

Os próximos passos

Segundo o professor Augusto Neto, “a perspectiva é conectar o drone em 5G para que ele tenha conectividade constante, consistente e com alta largura de banda, permitindo sua exploração em serviços inovadores”.

O drone AEDES vem se mostrando muito mais que um projeto acadêmico; podendo ter seu potencial de contribuição voltado para uso das polícias, bombeiros, órgãos de saúde, defesa civil e até no agronegócio, com autonomia ampliada e novas tecnologias em desenvolvimento.

A fase de testes autônomos está prevista para 2026, com operação completa esperada para 2027.

Classificação Indicativa: Livre

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