Política

Vereador de Natal apresenta proposta para acolher quem cuida de bebês reborn

A proposta visa integrar atendimento psiquiátrico à rede pública de saúde, abordando a relação entre adultos e brinquedos humanizados  |  Vereador de Natal apresenta proposta de acolhimento a pessoas que cuidam de bonecas reborn - Reprodução

Publicado em 23/05/2025, às 21h39   Vereador de Natal apresenta proposta de acolhimento a pessoas que cuidam de bonecas reborn - Reprodução   Redação

A Câmara Municipal de Natal vai iniciar, nos próximos dias, a análise de um projeto de lei que propõe a criação da “Campanha Municipal de Conscientização sobre a Humanização de Brinquedos”.

De autoria do vereador Preto Aquino (Podemos), a proposta pretende integrar o protocolo padrão de atendimento psiquiátrico da rede pública de saúde do município.

A iniciativa surge em meio ao debate nas redes sociais e na imprensa sobre adultos que desenvolvem vínculos afetivos com bonecas conhecidas como “bebês reborn”. Segundo o texto do projeto, a campanha tem como objetivo principal conscientizar a população sobre a criação de laços afetivos — tanto reais quanto imaginários — com brinquedos, especialmente bonecas com traços infantis humanizados, e os possíveis impactos dessa relação na saúde mental de adultos.

Entre as ações previstas, estão orientações sobre o papel lúdico e simbólico desses brinquedos, a importância de saber diferenciar fantasia e realidade, além da oferta de atendimento psicológico na rede pública para casos em que o apego excessivo a brinquedos humanizados esteja relacionado à distorção da realidade.

O projeto também destaca que qualquer forma de preconceito, estigmatização ou desrespeito a pessoas em função de seus hobbies e sentimentos por objetos é proibida. Pelo contrário, reforça que essas pessoas devem sempre ser tratadas com respeito e dignidade.

No entanto, o texto deixa claro que brinquedos como os “bebês reborn” não devem ser considerados usuários de serviços públicos, como matrícula escolar ou atendimento médico. A exceção se aplica a crianças, adolescentes e pessoas neurodivergentes ou atípicas, que podem ter vínculos simbólicos com esses brinquedos como parte de seu desenvolvimento ou tratamento.

Classificação Indicativa: Livre


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