Política
Publicado em 07/05/2025, às 17h39 Supremo Tribunal Federal (STF) - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 30 de maio os principais depoimentos das testemunhas de defesa indicadas pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e demais réus do núcleo 1 da chamada trama golpista.
Na data, serão ouvidos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto; e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (todos indicados por Bolsonaro).
Também prestará depoimento o ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, responsável pelas urnas eletrônicas durante sua gestão.
Além da defesa, o ministro também determinou o cronograma para os depoimentos das testemunhas de acusação, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos demais réus. Entre os nomes estão o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; o general da reserva Augusto Heleno; e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Esses depoimentos ocorrerão entre os dias 23 de maio e 2 de julho.
Bolsonaro e outros sete acusados passaram à condição de réus em março deste ano, após o STF aceitar denúncia da PGR. Eles respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo a PGR, Bolsonaro tinha pleno conhecimento de um plano golpista batizado de “Punhal Verde Amarelo”, que previa atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes. A acusação também aponta que o ex-presidente participou da elaboração de uma minuta de decreto com o objetivo de instaurar um regime de exceção no país, documento que ficou conhecido como “minuta do golpe”.