Política
Publicado em 04/05/2025, às 11h25 Ex-senador do PT e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates - Foto Reprodução Tv Senado Redação
Jean Paul Prates (PT) - ex-senador e ex-presidente da Petrobras do Governo Lula, protagonizou um momento inusitado ao aceitar participar do “jogo do sim ou não”, tradicional brincadeira radiofônica de respostas rápidas, durante entrevista, ao vivo, para uma emissora de rádio de Parnamirim RN . A surpresa veio quando ele disse “não” ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e “sim” ao senador potiguar Rogério Marinho (PL), um dos principais líderes da oposição ao governo da esquerda.
Ao ser perguntado se daria sim ou não para Rui Costa, Jean Paul disparou o “não” e não poupou críticas ao articulador político do Planalto.
“Esse cara me atropelou, me tratou do jeito que tratou. Eu não tenho porque dá sim. É uma pessoa que eu não consigo... Eu não acho que ele faça bem ao governo, não acho que ele articule bem, mas isso é outra coisa. Isso é um problema do presidente Lula. Ele que tem que dizer se serve ou não. De repente, serve a alguns propósitos que o presidente vê, que precisa uma pessoa para cumprir determinados papéis, mais antipático, mais difícil. Enfim, para ele deve ter uma serventia. Mas para mim, pessoa Jean Paul Prates, para mim, ele foi ruim, foi mal, foi uma pessoa ruim para mim. Não agiu correto comigo”.
Já ao ser questionado sobre o senador Rogério Marinho (PL), seu adversário político e defensor das reformas do governo Bolsonaro, Jean surpreendeu: “Esse cara, por incrível que pareça, eu vou dar sim… É um adversário nas ideias, mas está no jogo democrático. É do jogo”.
A fala escancarou mágoas internas no PT e ao mesmo tempo expôs uma rara deferência de um petista a um líder bolsonarista. A entrevista, além de movimentar os bastidores da política local, deixou claro que em tempos de tensionamento interno e alianças forçadas, até o gogó tem lá sua sinceridade incômoda.