Política
Publicado em 22/05/2025, às 19h50 Ministro do STF revela mensagens com ameaças e ofensas - Reprodução Redação
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatou nesta quinta-feira (22), em Brasília, ter recebido uma mensagem com ofensas e ameaças enviadas por meio da ouvidoria da Corte.
O relato foi feito durante a sessão realizada nesta tarde no STF, na qual os ministros julgaram a validade de cargos técnicos comissionados nos tribunais de contas de São Paulo e de Goiás. Parte dessas vagas é ocupada por agentes de segurança.
Ao comentar sobre a ameaça de bomba registrada hoje no Ministério do Desenvolvimento Social, também em Brasília, e ao defender a necessidade de segurança institucional, Dino revelou que foi chamado de "canalha e rocambole do inferno".
O conteúdo da mensagem dizia:
“Um cara como você tem que apanhar de murro por cima da cara, arrancar dente por dente da tua boca. É na porrada. Bastam cem homens aí em Brasília, invadem o STF e expulsam.”
O ministro afirmou que "o espírito do tempo" é de cultivo de ódio em escala criminosa.
“As caixas de comentários das redes sociais ganham densidade quando penetram na mente humana e se transformam em força material. O regime de segurança não é o mesmo de dez anos atrás. Não sei se esse senhor ou outro resolve invadir aqui, como já aconteceu”, acrescentou.
No dia 13 de novembro de 2024, Francisco Wanderley, conhecido como Tiu França, tentou entrar com explosivos no edifício-sede do STF. Ao ser barrado por seguranças, acionou a bomba e morreu no local.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tiu França foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020.
Desde o episódio, o Supremo mantém esquema de segurança reforçado de forma permanente.