Política
Publicado em 14/07/2025, às 16h55 Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro - Tom Molina/STF BNews Natal
Nesta segunda-feira (14), durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou mais uma vez que, em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve contato direto com a "minuta do golpe".
O documento previa que fosse decretado a realização de novas eleições, a prisão de ministros do STF e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
De acordo com Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro leu todo o texto e solicitou alterações. Entre as mudanças, estava a modificação do trecho que previa a prisão de diversas autoridades, para restringi-la ao ministro Alexandre de Moraes.
Mauro Cid é delator no processo e voltou a prestar depoimento por videoconferência nesta segunda-feira (14) como testemunha arrolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação nas ações que envolvem os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista.
Mais sobre o depoimento
Em seu depoimento, Cid afirmou que o documento foi apresentado ao então presidente por meio de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência e um dos réus no caso.
Cid relatou que Martins levou um jurista ainda não identificado para duas reuniões com Bolsonaro, nas quais o conteúdo foi discutido.
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“O documento era composto de duas partes. A primeira parte eram os ‘considerandos’, com supostas interferências do STF e TSE no processo eleitoral. A segunda previa a prisão de autoridades e a decretação de novas eleições”, explicou.
A oitiva foi realizada de forma fechada, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.