Política

Julgamento de Bolsonaro: Quais são as tendências de votos dos ministros?

O julgamento do núcleo 1 da ação contra Bolsonaro e outros réus começará em sessões extraordinárias nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro  |  Fux questiona a relação entre a reunião de Bolsonaro com embaixadores e os atos de 8 de janeiro, sinalizando divergências. - Divulgação

Publicado em 18/08/2025, às 07h59   Fux questiona a relação entre a reunião de Bolsonaro com embaixadores e os atos de 8 de janeiro, sinalizando divergências. - Divulgação   Dani Oliveira

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou a interlocutores que não pretende postergar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, previsto para começar em 2 de setembro. Apesar disso, ele já teria sinalizado que não acompanhará integralmente o voto do relator Alexandre de Moraes.

Divergências em relação ao relator

De acordo com fontes ouvidas pela CNN, havia expectativa no entorno de Bolsonaro de que Fux poderia pedir vista por 90 dias, o que empurraria a decisão final para 2026. No entanto, o ministro teria garantido que apresentará seu voto durante as sessões, ainda que com pontos de divergência em relação à denúncia da Procuradoria-Geral da República e ao posicionamento de Moraes, que tende a defender a pena máxima.

Entre os trechos que despertam dúvida em Fux está a associação entre a reunião de Bolsonaro com embaixadores — ocasião em que atacou as urnas eletrônicas — e os atos de 8 de janeiro de 2023. Outras discordâncias também são esperadas.

Sessões marcadas para setembro

Na última sexta-feira (15), o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, oficializou que o julgamento do núcleo 1 da ação — que envolve Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe em 2022 — terá início em 2 de setembro.

A turma deve se reunir em sessões extraordinárias nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Caberá aos ministros decidir pela condenação ou absolvição dos acusados e, em caso de condenação, definir as respectivas penas.

O processo será aberto com a leitura do relatório de Moraes, que deve resumir provas e depoimentos coletados. O momento mais esperado será após o voto do relator, quando os demais ministros, incluindo Fux, se posicionarão oficialmente.

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