Política

Janja ocupa lugar de destaque em plena cúpula do Brics, repetindo o que fez no G20

Na cúpula do Brics, Janja se sentou atrás de Lula, reafirmando seu papel nas cúpulas internacionais, como no G20 em 2024  |  A cúpula do Brics, realizada no Rio, teve ausências significativas que podem impactar a repercussão política da declaração final. - Divulgação

Publicado em 06/07/2025, às 18h39   A cúpula do Brics, realizada no Rio, teve ausências significativas que podem impactar a repercussão política da declaração final. - Divulgação   Dani Oliveira

A primeira-dama Janja da Silva voltou a ficar em lugar de destaque em uma cúpula internacional. Assim como no G20, realizado no Rio em novembro de 2024, ela se sentou atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cúpula do Brics, realizada no mesmo local, neste domingo (6).

Compare abaixo onde Janja ficou no G20 e no Brics:


A declaração final da cúpula de líderes do Brics, divulgada neste domingo (6), faz um gesto ao Irã ao condenar os ataques recentes ao país persa, mas não faz menção aos Estados Unidos e a Israel, autores dos bombardeios. Preserva também a Rússia, integrante do bloco, ao mencionar o conflito na Ucrânia.

O documento cita Israel 7 vezes, mas em trechos relacionados aos conflitos na Faixa de Gaza, na Síria e no Líbano. Durante as negociações entre os países integrantes do bloco na última semana, os iranianos cobraram um posicionamento mais duro, com apoio de China e Rússia. O país persa passou a integrar o bloco em 2023. Teerã não reconhece o Estado de Israel e normalmente usa expressões como “regime sionista” para se referir ao país judeu.

Na declaração final, os países do Brics dizem expressar “profunda preocupação” com a escalada da situação de segurança no Oriente Médio, especialmente em relação à questão nuclear.

A cúpula do Brics, realizada em 6 e 7 de julho no Rio, está esvaziada. O evento tem ausências importantes, que tendem a reduzir a repercussão política da declaração final, que é parte da estratégia de protagonismo internacional de Lula.

Quatro chefes de Estado não vieram ao Brasil:

China – presidente Xi Jinping;
Rússia – presidente Vladimir Putin;
Irã – presidente Masoud Pezeshkian;
Egito – Abdel Fattah el-Sisi.

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