Política
Publicado em 27/06/2025, às 09h17 Foto: Reprodução. Redação
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pediu ao Ministério da Previdência o compartilhamento da investigação sigilosa sobre empréstimos consignados para aposentados do INSS.
Em ofício ao qual a coluna de Andreza Matais (Metropoles) teve acesso, a entidade que representa os maiores bancos do país alega que o objetivo é o “esclarecimento dos fatos e, se procedentes, a punição das pessoas e entidades que tenham praticado atos ilícitos ou irregulares na oferta e contratação de empréstimos consignados a beneficiários do INSS”.
O pedido é datado de 20 de maio. Na ocasião, o ministério ainda não havia instaurado a auditoria, mas a imprensa já noticiava a intenção.
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, respondeu em 17 de junho informando sobre a existência de uma auditoria nos consignados. Porém, no documento, ao qual a coluna Andreza Matais também teve acesso, ele não comenta o pedido de troca de informações.
“No dia 12 de junho último, solicitamos à Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Previdência Social a elaboração de estudo minucioso e detalhado sobre essa modalidade de crédito, com a identificação das principais vulnerabilidades apontadas pela área de Inteligência", registrou.
Queiroz afirmou ainda que "Tal iniciativa tem por finalidade subsidiar a tomada de decisões por parte deste Ministério e do INSS, no sentido de garantir maior segurança ao sistema, proteger os beneficiários e assegurar o compromisso institucional com a ética, a integridade e a boa governança”.
“Reiteramos a importância do diálogo contínuo e da cooperação com essa Federação para o aperfeiçoamento das políticas públicas que envolvem o crédito consignado, em especial no que se refere à proteção das populações mais vulneráveis”, complementou.
O pente-fino, revelado pela coluna ocorre no rastro das investigações que apuram o desvio de dinheiro de beneficiários que tiveram valores descontados de suas aposentadorias sem consentimento. Uma das suspeitas é que haveria “venda casada” dos dois produtos. A fraude foi revelada pelo Metrópoles. As investigações são sigilosas.