Política
Publicado em 04/06/2025, às 14h33 Carla Zambelli - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados Redação
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) classificou como “ilegal, inconstitucional e autoritária” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão preventiva. A reação foi divulgada em nota oficial nesta quarta-feira (4), após a parlamentar deixar o país.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão em maio por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela fugiu do Brasil na terça-feira (3), cruzando a fronteira com a Argentina. De acordo com sua assessoria, estava na Flórida (EUA) nesta quarta.
A ordem de prisão foi emitida de forma monocrática, ou seja, sem votação do colegiado, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para Zambelli, a decisão de Moraes viola a imunidade parlamentar e o devido processo legal.
“Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu”, afirmou. “Mesmo assim, um único ministro decidiu rasgar o devido processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia”.
A deputada também disse que pretende denunciar o que chama de “perseguição política” em órgãos internacionais. “O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, escreveu.
A defesa da parlamentar ainda não se manifestou oficialmente sobre os próximos passos. A Polícia Federal já foi comunicada da ordem de prisão e deve acionar canais diplomáticos, caso se confirme que Zambelli permanece fora do país.
Leia também: