Política
Publicado em 11/08/2025, às 15h22 Hugo Motta (Republicanos), atual presidente da Câmara dos Deputados - Reprodução/Internet José Nilton Jr.
Foi anunciado por Hugo Motta (Republicanos), atual presidente da Câmara dos Deputados, que serão votadas propostas com o objetivo de combater conteúdos compartilhados em perfis que fomentam a adultização de menores de idade nas redes sociais.
A medida, anunciada nesta segunda-feira (11) por Motta, surge após a publicação de vídeo do youtuber Felca, que realizou denúncias expondo fotos nas quais menores apareciam de maneira sexualizada nas redes sociais.
Para o presidente da Câmara, a temática ganhou relevância e precisa ser tratada com urgência e prioridade. Motta também falou que já existem projetos prontos, faltando apenas passar por análise.
Por meio das redes sociais, o presidente da Câmara postou uma mensagem na qual agradecia Felca por falar e trazer mais visibilidade ao tema. "Obrigado, Felca. Conte com a Câmara para avançar na defasa das crianças", escreveu.
O vídeo do @Felcca sobre a adultização das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros.
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) August 10, 2025
Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade.
Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto.
Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão.…
O tema repercutiu nacionalmente após o vídeo produzido por Felca viralizar e mobilizar milhões de brasileiros.
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Durante sua explanação, o youtuber mostrou exemplos de perfis com crianças vestindo roupas curtas, dançando ao som de músicas sugestivas ou discutindo temas sexuais para atrair visualizações.
De acordo com Felca, a maioria desses conteúdos são produzidos visando a “monetização”. Além disso, o youtuber defendeu que as plataformas em que esses vídeos são publicados parem de financiar criadores que exploram menores de idade.
“É preciso promover uma mudança em larga escala para impedir que esse tipo de material seja aceito ou compartilhado. Sem financiamento, tudo perde o sentido”, afirmou.
Com a repercussão do vídeo, o governo federal declarou apoio à pauta. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, alegou que empresas de tecnologia conseguem identificar atividades suspeitas.
Além disso, a ministra também afirmou que essas empresas precisam assumir a responsabilidade sobre o que circula em suas redes. “Não podem fingir que não é com elas, como muitas vezes acontece”, criticou a ministra.