Polícia
Publicado em 04/05/2025, às 17h38 Ana Azevedo, membro da facção Bonde dos 40, usava suas redes sociais para aliciar jovens e disseminar mensagens do crime organizado - Reprodução/PCPI Aryela Souza
Facções criminosas têm utilizado influenciadoras digitais para atrair jovens, principalmente mulheres, e propagar a ideologia do crime nas redes sociais. Essa prática foi revelada após a prisão de 11 mulheres durante a Operação Faixa Rosa, incluindo Ana Azevedo, que exibia armas e uma vida de luxo para seus mais de 58 mil seguidores.
De acordo com a Polícia Civil do Piauí, Ana Azevedo era membro da facção Bonde dos 40 (B40) e atuava na disseminação de mensagens do grupo, participação em decisões do "Tribunal do Crime", arrecadação de recursos ilícitos e aliciamento de jovens. Durante a operação, a polícia apreendeu uma arma de fogo e um celular roubado em sua residência. O namorado de Ana, conhecido como Rangel Matador, também foi detido.
As investigações revelaram que essas mulheres faziam parte de uma célula feminina com funções bem definidas dentro da facção. Elas eram responsáveis por organizar ações logísticas, aplicar punições internas e promover a facção nas redes sociais, com postagens que exibiam armas e símbolos do grupo. Um dos principais canais de comunicação era um grupo de WhatsApp chamado "A luta não para", onde eram discutidas ordens, estatutos e a divisão de tarefas.
A Justiça determinou a manutenção da prisão temporária das mulheres envolvidas na operação. A Polícia Civil afirma que continuará monitorando as redes sociais e que qualquer pessoa que usar sua influência digital para promover atividades criminosas será responsabilizada.
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