Trump admite dificuldade em conter Israel e mantém apoio indireto no conflito com o Irã

Durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20), realizada em seu campo de golfe em Nova Jersey, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou abertamente sobre o atual conflito entre Israel e Irã.

Ele reconheceu que é difícil exigir que os israelenses interrompam os ataques enquanto estão em vantagem. “Quando um lado está vencendo militarmente, é complicado pedir que pare”, afirmou.

Trump também confirmou que os Estados Unidos mantêm conversas diplomáticas com Teerã, mas descartou qualquer ação imediata. “Estamos prontos, mas vamos ver como a situação evolui”, disse.

A posição do ex-presidente está alinhada com o relatório da Casa Branca divulgado na quinta-feira (19), que adiou por 15 dias qualquer decisão sobre uma possível intervenção direta dos EUA no conflito.

Enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, promete “atingir todas as bases iranianas”, analistas avaliam que um avanço mais decisivo depende do envio de armamentos pesados por parte dos americanos.

Mesmo assim, Trump evitou se comprometer, preferindo manter uma postura de pressão diplomática sobre o Irã sem interferir nas ações de Israel  estratégia que conversa diretamente com sua base conservadora, especialmente em meio à sua campanha de reeleição.

A próxima semana será decisiva: os EUA devem anunciar se vão atender aos pedidos de apoio militar feitos por Israel ou se tentarão entrar como mediadores diretos no conflito. Enquanto isso, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para o próximo domingo (22).

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