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Publicado em 20/07/2025, às 08h00 Apesar das críticas, Tim Cook mantém apoio do conselho, mas a Apple corre o risco de perder sua liderança em tecnologia - Reprodução Gabi Fernandes
Na última semana, dois analistas da empresa de pesquisa LightShed Partners causaram polêmica ao sugerirem que a Apple deveria substituir seu atual CEO, Tim Cook. A crítica não se refere a questões de gestão financeira, campo no qual Cook teve desempenho notável, mas sim à falta de avanço da empresa na área de inteligência artificial.
Walter Piecyk e Joe Galone, especialistas em tecnologia, mídia e telecomunicações, argumentam que a Apple precisa de um líder mais voltado para inovação e desenvolvimento de produto, e não alguém com perfil logístico. “A Apple agora precisa de um CEO focado em produtos, não em logística”, escreveram em nota publicada no dia 9 de julho.
A provocação reacende o debate sobre o ritmo da Apple em relação à IA, tecnologia que vem transformando setores inteiros. Embora Cook tenha levado a empresa a um valor de mercado de US$ 3 trilhões e lançado produtos como o Apple Watch e os AirPods, críticos afirmam que a Apple está atrasada frente aos avanços de concorrentes como Google, Microsoft e OpenAI.
“Ele é um cara da cadeia de suprimentos. Eles precisam de um visionário em tecnologia”, opinou Ted Mortonson, estrategista da Baird. “Acho que estão com muito mais problemas do que algumas pessoas pensam.”
Apesar das críticas, Cook mantém apoio sólido do conselho e não há indícios de que uma mudança esteja em curso. Ainda assim, a nota da LightShed levanta uma questão relevante: a Apple estaria perdendo sua capacidade de liderar a próxima grande revolução tecnológica?