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População negra tem risco 2,7 vezes maior de ser assassinada no Brasil, aponta pesquisa

Apesar da queda geral dos homicídios em 2023, desigualdade racial na letalidade cresceu mais de 15% em dez anos, de acordo com o estudo  |  Apesar de queda de 21,5% na taxa entre negros desde 2013, e 32,1% entre não negros, o risco relativo aumentou, ampliando a disparidade - Fernando Frazão/Agência Brasil

Publicado em 12/05/2025, às 15h36   Apesar de queda de 21,5% na taxa entre negros desde 2013, e 32,1% entre não negros, o risco relativo aumentou, ampliando a disparidade - Fernando Frazão/Agência Brasil   Júnior Teixeira

No Brasil, ser uma pessoa negra significa ter que enfrentar um risco 2,7 vezes maior de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra. O dado, de 2023, é do Atlas da Violência, e foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta segunda-feira (12). 

Embora tenha havido leve melhora em relação a 2022 (quando o risco era 2,8 vezes maior), o cenário piorou se comparado a 2013, quando a taxa era de 2,4 vezes. O crescimento no período é de 15,6%, o que, segundo os pesquisadores, mostra a persistência da desigualdade racial na violência letal no Brasil. 

Confira alguns dados:

Homicídios de pessoas negras (pretos e pardos): 35.213 mortes em 2023
Taxa: 28,9 por 100 mil habitantes

Homicídios de pessoas não negras (brancas, amarelas e indígenas): 9.900 mortes
Taxa: 10,6 por 100 mil habitantes

Apesar de queda de 21,5% na taxa entre negros desde 2013, e 32,1% entre não negros, o risco relativo aumentou, ampliando a disparidade. Os pesquisadores alertam que a violência continua racializada e concentrada nos territórios mais vulneráveis.

Com informações da Agência Brasil. 

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