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Publicado em 30/04/2025, às 14h47 Péter Erdő - Foto: Reprodução Redação
A Igreja Católica se prepara para o conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco, e entre os nomes cotados está o cardeal húngaro Péter Erdő, arcebispo de Esztergom-Budapeste e membro do Colégio Cardinalício desde 2003. Aos 72 anos, Erdő é reconhecido por sua sólida formação intelectual, com doutorados em teologia e direito canônico, além de ser fluente em vários idiomas, incluindo húngaro, inglês, francês, italiano, espanhol e alemão. Ele é autor de mais de 250 artigos e 25 livros, destacando-se como um dos cardeais mais intelectualmente prestigiados da Igreja.
Conhecido como o “Doutor de Budapeste”, Erdő tem uma trajetória marcada por sua atuação em diversas conferências episcopais, tendo presidido a Conferência Episcopal da Hungria entre 2005 e 2015 e o Conselho das Conferências Episcopais da Europa entre 2006 e 2016. A capacidade de articulação interna e diplomacia são consideradas pontos fortes em uma possível candidatura.
Embora seja visto como conservador, especialmente em questões como o segundo casamento e o divórcio, Erdő é conhecido por seu perfil moderado. Ele já apresentou questionamentos discretos sobre algumas decisões do papa Francisco, mas sem demonstrar oposição direta ou desrespeito.
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A possível eleição de Erdő como papa enfrenta algumas ressalvas. Cardeais mais progressistas expressam preocupação quanto à continuidade das reformas iniciadas por Francisco. Por outro lado, os conservadores questionam quais mudanças Erdő poderia promover caso assumisse o comando da Igreja.
Analistas comparam o perfil de Erdő ao do papa Bento XVI, especialmente no que diz respeito à sua formação intelectual e postura teológica conservadora. Sua eleição poderia representar uma mudança significativa na direção da Igreja Católica, influenciando debates sobre temas como o papel da mulher na Igreja, vocações religiosas e a relação da Igreja com questões sociais contemporâneas.