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Publicado em 02/06/2025, às 21h15 MC Poze consegue liberdade na justiça - Reprodução Redação
Nesta segunda-feira (2), a Justiça do Rio concedeu habeas corpus para o cantor Marlon Brendon Coelho Couto, mais conhecido como MC Poze do Rodo, que estava preso desde a última quinta-feira (29). Com isso, a prisão temporária dele foi revogada.
Apesar da decisão, até o fim do dia a Secretaria de Administração Penitenciária ainda não tinha recebido a notificação oficial. Por isso, MC Poze continuava preso em Bangu 3, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.
Segundo o portal G1, a liberdade do funkeiro foi autorizada pelo desembargador Peterson Barroso, da Segunda Câmara Criminal do RJ. Ele entendeu que a prisão não fazia sentido dentro do contexto da investigação e decidiu trocá-la por medidas cautelares.
Na decisão, o magistrado destacou que a prisão deveria focar nos verdadeiros chefes da organização criminosa mencionada no processo, e não no “mais fraco” — no caso, MC Poze.
“O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico…”, escreveu o juiz.
Com a soltura, MC Poze terá que cumprir uma série de regras determinadas pela Justiça, como:
Comparecer ao tribunal todo mês, até o dia 10, para informar suas atividades;
Não sair da cidade do Rio enquanto o processo estiver em andamento;
Estar sempre disponível e manter um telefone para contato com a Justiça;
Avisar se for mudar de endereço;
Não se comunicar com outros investigados, testemunhas ou membros do Comando Vermelho;
Entregar o passaporte à Justiça.
O advogado de Poze, Fernando Henrique Cardoso Neves, comemorou a decisão e disse que ela respeita a presunção de inocência.
“Decisão serena que restabelece a liberdade e dá espaço à única presunção existente no direito: a de inocência”, disse ele ao G1.
A esposa do cantor, Viviane Noronha, também comemorou nas redes sociais:
“Obrigada Jesus, saiu a decisão, MC não é bandido”.
MC Poze foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio. Segundo as investigações, ele teria ligações com integrantes do alto escalão do Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do estado.
A polícia afirma que Poze costumava participar de eventos organizados por traficantes em comunidades como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus. Nessas festas, era comum a presença de armas pesadas, como fuzis, no meio do público.
As investigações indicam ainda que o funkeiro teria feito shows bancados pela facção, o que ajudaria em um esquema de lavagem de dinheiro.