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Calorão da menopausa: confira dicas para lidar com suores noturnos e insônia

Entenda como as altas temperaturas do verão podem agravar os sintomas de ondas de calor nas mulheres na menopausa.  |  Ondas de Calor na Menopausa: Sintomas e Soluções - Reprodução

Publicado em 20/09/2025, às 10h07   Ondas de Calor na Menopausa: Sintomas e Soluções - Reprodução   BNews Natal Redação

Em termos ambientais, as ondas de calor representam o aumento da temperatura global. Já na área ginecológica, o termo descreve os sintomas de calor repentino que as mulheres sentem na menopausa. O problema é que, no verão, esses dois fatores se unem, tornando ainda mais difícil lidar com esse período.


"As ondas de calor súbitas são frequentemente acompanhadas de suor, palpitação e rubor facial", explica a ginecologista Ana Paula Fabrício.

A especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) complementa que o problema pode ocorrer a qualquer momento, mas é mais comum à noite e causa insônia, "porque a mulher cobre e descobre várias vezes durante a noite".

De acordo com a médica, a queda no nível de estrogênio na menopausa é a causa das ondas de calor. O hormônio desregula o centro de controle da temperatura no cérebro, tornando-o "mais sensível". O calor ambiente ainda pode piorar os sintomas.

É importante buscar orientação médica quando os sintomas começam a afetar o sono, a rotina ou a autoestima.

Verão pode ser um "gatilho" para a menopausa

“Como o organismo da mulher na menopausa tem um controle térmico mais instável, o verão atua como um gatilho, intensificando os sintomas".

A especialista aponta a diferença entre as ondas de calor da menopausa e as ocasionais. "Na menopausa, elas são frequentes, persistentes, ocorrem mais à noite e podem durar anos, prejudicando sono, energia e qualidade de vida".

Ela ainda reforça que, para algumas mulheres, o clima quente pode aumentar a frequência das ondas, enquanto para outras, "cada crise se torna mais intensa e incômoda".

Dicas para aliviar o calor

Para diminuir o desconforto, a médica recomenda usar roupas leves de algodão ou linho, manter o ambiente sempre arejado ou com ar-condicionado e evitar o consumo de álcool, cafeína e alimentos picantes. Também é importante beber bastante água e praticar técnicas de respiração e relaxamento para controlar o estresse.

A ginecologista ainda completa: "Atividade física regular e uma dieta equilibrada podem diminuir a frequência dessas ondas de calor. Também é indicado evitar o consumo de açúcar e carboidratos à noite".

É importante buscar orientação médica quando os sintomas começam a afetar o sono, a rotina ou a autoestima.

Existem tratamentos hormonais, como a reposição individualizada por meio de implantes, terapia transdérmica ou oral, e opções não hormonais, incluindo fitoterapia, ajustes na alimentação e mudanças no estilo de vida. Atividades físicas como yoga, pilates e musculação também são recomendadas.

Para o ginecologista Igor Padovesi, a abordagem combinada é a mais eficaz. "A combinação de reposição hormonal com um estilo de vida saudável é um alicerce poderoso para viver essa fase com qualidade e se preparar para o envelhecimento de maneira empoderada e ativa".

Classificação Indicativa: Livre


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