Conmebol recua e autoriza aquecimento em campo após protestos de jogadoras

A pressão feita pelo técnico Arthur Elias e por atletas da seleção brasileira surtiu efeito. Nesta sexta-feira, 18 de julho, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) autorizou que as jogadoras possam realizar o aquecimento dentro de campo antes das partidas da Copa América Feminina, que está sendo disputada no Equador.

De acordo com a assessoria de comunicação da entidade, a mudança ocorreu após uma nova avaliação das condições dos gramados. A partir de agora, todas as atletas terão direito a 15 minutos de aquecimento no gramado, mesmo tempo que já era concedido anteriormente apenas às goleiras.

Condições limitadas e críticas públicas

Nos dois primeiros jogos do Brasil, contra Venezuela e Bolívia, realizados no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, as jogadoras de linha precisaram se aquecer em um espaço reduzido nos vestiários. Na partida contra as bolivianas, na última quarta-feira, 16 de julho, as duas seleções ainda tiveram que dividir o mesmo local, o que gerou ainda mais desconforto.

A justificativa da Conmebol era a preservação do gramado, já que o estádio está recebendo rodadas duplas durante a competição. Mesmo assim, o treinador Arthur Elias expressou preocupação com a limitação, afirmando que a preparação inadequada prejudicava a qualidade do jogo.

Comparações com a Euro e nova partida marcada

A atacante Kerolin também demonstrou insatisfação nas redes sociais. Em uma postagem no X (antigo Twitter), ela ironizou a diferença estrutural entre a Copa América e a Eurocopa Feminina, que acontece ao mesmo tempo na Suíça. “Enquanto a Euro bate recordes de tecnologia, a gente aquece em uma sala de no máximo 20 metros quadrados com cheiro de tinta. Bizarro”, publicou a jogadora.

A seleção brasileira volta a campo na próxima terça-feira, 22 de julho, às 21h (horário de Brasília), para enfrentar o Paraguai, novamente no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, na capital equatoriana.

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