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Publicado em 05/09/2025, às 22h00 Saiba como se proteger das doenças que circulam na academia - Reprodução Ari Alves
Academias recebem grande fluxo de pessoas diariamente, com aparelhos, bebedouros e vestiários sendo utilizados por centenas de frequentadores. Em meio aos treinos, é válido refletir sobre as doenças que podem se espalhar nesse ambiente.
De acordo com os infectologistas Rosana Ritchmann, do laboratório Delboni em São Paulo, e André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica, o risco de transmissão existe e não é pequeno. As principais ameaças envolvem vírus respiratórios e algumas infecções de pele.
Rosana destaca que a combinação de respiração intensa e ventilação insuficiente facilita a propagação de vírus como influenza, coronavírus e até a coqueluche.
O infectologista André Bon alerta que, por serem transmitidos por gotículas ou contato direto com secreções respiratórias, indivíduos com sintomas como tosse, espirros, coriza ou febre devem evitar frequentar a academia.
Como reduzir o risco de doenças na academia
Mantenha álcool em gel à mão ou use o disponibilizado pelo local para higienizar as mãos.
Limpe os aparelhos antes de utilizá-los, principalmente as áreas de apoio das mãos e colchonetes.
Prefira treinar em ambientes bem ventilados.
Troque a roupa suada assim que possível e, se conseguir, tome banho após o treino.
Evite ir à academia quando estiver doente para não transmitir infecções.
Equipamentos e superfícies
Não é apenas o ar que oferece risco. Aparelhos, colchonetes e superfícies úmidas ou mal higienizadas podem abrigar microrganismos.
Rosana explica que uma pessoa com infecção de pele causada por bactéria ou fungo pode contaminar o equipamento, e outra que use o aparelho em seguida sem higienização pode se infectar.
Bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes podem causar furúnculos, impetigo ou carbúnculos. Além disso, superfícies contaminadas podem, mais raramente, transmitir vírus como HPV, herpes simples e mpox, embora o contágio direto seja mais comum.
A escabiose, conhecida como sarna, também pode ser transmitida pelo contato com superfícies contaminadas. Nesse caso, a limpeza de aparelhos, colchonetes, roupas de treino e o banho pós-exercício reduzem significativamente os riscos.
Academia segura
Apesar dessas possibilidades, Bon ressalta que as academias continuam sendo locais seguros para a prática de exercícios. A prevenção das formas mais comuns de infecção é o ponto central.
“A transmissão mais frequente nesses ambientes é a respiratória, que pode ser evitada restringindo o acesso a pessoas sintomáticas, higienizando as mãos e desinfetando adequadamente os aparelhos”, afirma Bon.
Para prevenir infecções de pele, Rosana recomenda não compartilhar itens pessoais. “Cada pessoa deve usar seus próprios objetos, como papel toalha, para se enxugar e evitar superfícies contaminadas”, orienta.