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Publicado em 03/10/2025, às 15h11 Foto: Freepik Nathalia Quiereguini
A forma como cada pessoa enxerga sua orientação sexual é única e pode mudar ao longo da vida. Para alguns, rótulos como heterossexual, homossexual ou bissexual fazem sentido. Para outros, termos mais recentes – como “bi de festinha”, “bi curioso” ou “heteroflexível” – parecem traduzir melhor suas vivências, como destaca o Metrópoles.
Essas expressões ganharam popularidade nos últimos anos, especialmente entre jovens nas redes sociais, e ajudam a mostrar que a sexualidade não é uma experiência fixa.
Ao mesmo tempo, geram debates acalorados: seriam maneiras legítimas de falar sobre desejo ou apenas rótulos confusos que reforçam estereótipos?
De acordo com o site AzMina, a heteroflexibilidade se refere a pessoas que se identificam majoritariamente como heterossexuais, mas que podem sentir atração ou até viver experiências ocasionais com pessoas do mesmo gênero. Ou seja, não chegam a se definir como bissexuais, mas também não se limitam ao modelo heterossexual tradicional.
Essa vivência pode ser tanto romântica – relacionada a vínculos afetivos – quanto sexual, e traz à tona uma discussão maior sobre a fluidez da sexualidade.
Ainda que não seja oficialmente reconhecida por instituições como a OMS, a heteroflexibilidade traduz uma realidade cada vez mais presente.
A bissexualidade é reconhecida como uma orientação sexual legítima e estável. Já a heteroflexibilidade aparece como uma categoria mais fluida, associada a experimentações e curiosidades.
É por isso que alguns críticos dizem que o termo pode reforçar preconceitos ou até apagar a identidade bissexual, enquanto defensores o enxergam como um espaço de liberdade para quem não se sente confortável em assumir rótulos fixos.
Psicólogos apontam que a heteroflexibilidade costuma surgir em estágios específicos da vida, quando há abertura para experimentar desejos sem se comprometer com uma identidade sexual definitiva.
No fim das contas, seja “bi de festinha”, “bi curioso” ou “heteroflexível”, o que esses termos mostram é que a sexualidade pode ser plural.
O mais importante, segundo especialistas, é respeitar essas nuances e garantir que cada pessoa tenha liberdade para se identificar (ou não) da forma que fizer mais sentido para si.
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